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Madeleine Lacsko

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Com cercadinho pago no cartão, Bolsonaro faz contribuinte de otário

Colunista do UOL

26/01/2023 18h29

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Na Live UOL, desta quinta-feira (26), falei sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que utilizou seu cartão corporativo para o pagamento de cercadinhos para sua seita, inclusive durante as férias.

Os gastos foram identificados pelo UOL, após a suspensão do sigilo de notas fiscais pagas com cartões corporativos da Presidência da República.

As despesas com cercadinhos concentram-se em fevereiro de 2021 —um dos períodos mais letais da pandemia. Nessas ocasiões, Bolsonaro provocou aglomerações sem uso de máscaras de proteção.

Foram gastos R$ 44.364,59 em ao menos nove cercadinhos —como ficaram conhecidos os gradis onde Bolsonaro cumprimentava apoiadores e fazia selfies com eles.

Parte dessas estruturas para reunir seus seguidores foi montada em locais sem relação com agendas oficiais do ex-presidente, como nas portas de aeroportos e bases militares onde ele estava hospedado.

Ainda no período das férias, Bolsonaro usou uma moto aquática da Marinha para fazer passeios pelo litoral da região, visitou um parque temático e participou de pescarias.

Apesar de os números das despesas não serem exatos —uma vez que lotes de notas fiscais ainda estão sendo digitalizados— as faturas e os tipos de gastos divulgados até agora já são suficientes para mostrar que o ex-presidente fazia o contribuinte de otário.

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