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Mauricio Stycer

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

SBT não condena agressão de seguranças de Bolsonaro a sua equipe na Bahia

Colunista do UOL

13/12/2021 20h39

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O "SBT Brasil" noticiou brevemente nesta segunda-feira a agressão sofrida por equipes da TV Aratu, afiliada do SBT, e da TV Bahia, afiliada da Globo, no domingo em Itamaraju. Os jornalistas foram empurrados e ameaçados por seguranças e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro durante a visita dele à região, atingida pelas chuvas, no sul da Bahia.

O telejornal da emissora resumiu a notícia em 68 segundos. Observou que o repórter Chico Lopes, da TV Aratu, levou um tapa. Mas não fez nenhum comentário ou condenação à postura dos agressores. O "SBT Brasil" disse que o presidente Bolsonaro e o ministro da Cidadania, João Roma, pediram desculpas pelas agressões.

A repórter Camila Marinho, da TV Bahia, foi agarrada pelo pescoço por um segurança, como num golpe de "mata-leão". Outro segurança tentou impedir que os jornalistas apontassem os microfones em direção a Bolsonaro. Ao ser tocado pelos microfones, um segurança ameaçou: "Se bater de novo vou enfiar a mão na tua cara. Não bata em mim". Um apoiador do presidente puxou os microfones.

Em nota, a Globo lembrou o incidente ocorrido em Roma, no final de outubro, quando os jornalistas que acompanhavam a viagem de Bolsonaro foram agredidos e empurrados por seguranças. E disse que os episódios levam a duas constatações: "Se os seguranças agem por conta própria, a Presidência deve ser responsabilizada por omissão. Se agem seguindo ordens superiores, a Presidência deve ser responsabilizada por atentar contra a liberdade de imprensa e fomentar a violência contra jornalistas".