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Após 19 dias, empregados da TV Brasil encerram greve mais longa da empresa
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Jornalistas e radialistas da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) decidiram encerrar à 0h desta quarta-feira (15) a greve iniciada no último dia 26. A decisão foi motivada por uma liminar concedida pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) à empresa exigindo a volta de 60% dos funcionários. A EBC é responsável pela TV Brasil, Agência Brasil e sete emissoras de rádio, entre as quais a Nacional e MEC, do Rio.
O TST acatou o pedido da EBC por considerar que a empresa presta um serviço essencial. Os sindicatos dos jornalistas de Brasília, Rio e São Paulo vão recorrer da decisão. Na assembleia que decidiu pela suspensão do movimento, os funcionários se declararam em "estado de greve".
A greve mais longa de funcionários da EBC (19 dias) foi motivada, segundo o sindicato, pelo fato de a empresa não promover uma "efetiva negociação" desde 2020. O último acordo coletivo foi aprovado em 2019.
Segundo eles, após um ano de negociações sem chegar a um acordo, a EBC anunciou em 12 de novembro a extinção de 23 direitos previstos no antigo Acordo Coletivo de Trabalho, e que valiam até então, entre os quais auxílio à pessoa com deficiência, estabilidade de 60 dias após o retorno da licença maternidade e estabilidade de dois anos antes da aposentadoria.
Na avaliação de Juliana Cézar Nunes, coordenadora-geral do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, "a greve atingiu um objetivo importante por levar a empresa para a instância do Ministério Público do Trabalho e no TST".
Na visão do sindicato, "a postura de EBC está em sintonia com o projeto de desmonte, privatização e extinção" da empresa.
Procurada, a EBC não respondeu sobre a greve nem sobre a volta ao trabalho.
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