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Em nota vaga, Twitter não explica falha no combate a fake news sobre vacina
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Questionamentos sobre a capacidade de o Twitter Brasil combater fake news e o negacionismo cresceram muito nos últimos dias. Uma hashtag com críticas à rede social - #TwitterApoiaFakeNews - circulou nesta quarta-feira (5).
Usuários afirmam que a empresa está sendo conivente com a divulgação de notícias falsas, ou não está reprimindo esse tipo de postagem com rigor. Também há protestos sobre o apoio dado pelo Twitter, por meio do selo de "perfil verificado", a uma youtuber bolsonarista, Bárbara Destefani, acusada de desinformação.
Postagens da deputada Janaina Paschoal (PSL-SP) nos últimos dias provocaram indignação. Numa delas, a parlamentar escreveu: "Vivemos um momento tão intrigante, que pessoas vacinadas, COM TODAS AS DOSES, pegam COVID e recomendam a Vacinação! Parece piada! Ninguém acha, no mínimo, curioso?"
A jornalista Cristina Tardáguila, fundadora da agência Lupa e colunista do UOL, voltou a questionar o Twitter por não oferecer uma ferramenta de denúncia de informações falsas sobre covid aos usuários brasileiros, como já existe em outros países. Não recebeu resposta.
Os protestos aumentaram depois de o Twitter ter banido permanentemente, no início desta semana, a conta da congressista republicana da Geórgia, nos Estados Unidos, Marjorie Taylor Greene "por repetidas violações de nossa política de desinformação sobre a covid-19".
Como é comum, o Twitter não responde de forma clara aos questionamentos. Nos últimos dias, diferentes jornalistas cobraram da rede social uma posição sobre estes problemas, mas não tiveram sucesso. A empresa é vaga.
Nesta quarta, enviei uma série de exemplos de mensagens problemáticas ao Twitter, perguntei sobre a falta da plataforma para denúncias e sobre a verificação do perfil de uma investigada pelo STF por desinformação. Após três horas, a empresa enviou uma longa resposta que repete as palavras vagas e hesitantes que usou para responder a outros colegas. Veja abaixo:
- O Twitter está testando, por enquanto nos EUA, Coreia do Sul e Austrália, a possibilidade de as pessoas denunciarem conteúdos que estejam potencialmente em violação de suas regras sobre informações enganosas relacionadas a Covid-19. A ampliação do teste e eventual implementação da ferramenta dependerá dos resultados aferidos.
- Este seria um passo complementar aos esforços proativos iniciados e aprimorados globalmente pela plataforma desde março de 2020, incluindo parcerias com especialistas e autoridades no assunto como a Organização Mundial de Saúde - e localmente a Organização Pan-Americana de Saúde, OPAS -, para identificar e agir sobre conteúdos que violem as políticas do Twitter (veja mais detalhes no blog do Twitter Brasil).
- O Twitter atua em conteúdos enganosos relacionados a Covid-19 com base em suas regras, detalhadas neste link. É sob essa política que os conteúdos são analisados para que sejam tomadas as medidas cabíveis, quando são identificadas violações. Assim como todas as regras e termos de uso do Twitter, a política de informações enganosas sobre Covid-19 é global e vem sendo implementada inclusive no Brasil desde a sua publicação em março de 2020, com base no processo de detecção proativa de potenciais violações que engloba equipes internas e parceiros externos.
- Em relação a verificações, fizemos uma revisão da nossa política e recentemente anunciamos a abertura do processo de solicitação para verificação de perfis. Com a atualização, é possível submeter solicitações via formulário e, caso a conta atenda aos critérios de acordo com a política, o selo é concedido. Vale lembrar que o selo azul tem por objetivo confirmar a autenticidade de uma conta, ou seja, dar às pessoas na plataforma a certeza de que quem está por trás de perfis de alto alcance e engajamento é mesmo quem diz ser.
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