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Record ignora, Band esconde e só a Globo explica condenação de Dallagnol
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Na noite de 14 de setembro de 2016, o então procurador Deltan Dallagnol foi o protagonista dos telejornais das principais emissoras de TV. Naquele dia ele apresentou à mídia a primeira denúncia da operação Lava Jato contra o ex-presidente Lula, relativa ao tríplex do Guarujá. O evento ficou famoso pela exposição em Power Point que colocava o petista como figura central do esquema investigado pela força-tarefa.
Pela duração das reportagens é possível medir a importância que foi dada ao assunto em 2016. A denúncia de Dallagnol ganhou 13 minutos de cobertura no "Jornal da Band". No "Jornal Nacional" foram 9 minutos e meio. E no "Jornal da Record" o tema ocupou 6 minutos e meio.
Nesta terça-feira (22), cinco anos e seis meses depois, a Quarta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu, por 4 votos a 1, determinar que Dallagnol indenize Lula por danos morais. A defesa pedia uma reparação de R$ 1 milhão, mas o tribunal fixou o valor de R$ 75 mil com juros e correção monetária. Cabe recurso da decisão. O motivo do pedido de indenização foi justamente a apresentação que Dallagnol fez à imprensa, em 14 de setembro de 2016.
O "JN" anunciou a decisão do STJ na sua escalada (a leitura das principais notícias do dia) e exibiu uma reportagem de três minutos, bastante didática e clara, na qual explicou o caso.
No "Jornal da Band", o apresentador Eduardo Oinegue leu uma nota de 20 segundos e mudou assunto. Já o "Jornal da Record" ignorou a notícia. Não consegui localizar a edição do "SBT Brasil" em setembro de 2016. O tema não foi mencionado na edição desta terça-feira.
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