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Mauricio Stycer

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Propaganda eleitoral é uma desgraça; é o 'fim da picada' ser obrigatório

Colunista do UOL

31/08/2022 19h50

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Nesta quarta-feira (31), no UOL News, Fabíola Cidral, Josias de Souza e eu comentamos os primeiros dias da propaganda eleitoral gratuita. No trecho acima, falo do desânimo que sinto com a baixa qualidade, de uma maneira geral, da propaganda que somos obrigado a consumir.

Também comentamos as propagandas de Lula e Bolsonaro. Na última terça-feira (30), foi ao ar um vídeo em que Michelle Bolsonaro faz propaganda da transposição do rio São Francisco. Observo que é uma tentativa de aliviar a má imagem do presidente junto ao público feminino, mas que não funciona bem, por ser mal feita e exibir a primeira-dama pouco à vontade.

A candidata à Presidência Simone Tebet (MDB) entrou com uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a campanha do presidente Jair Bolsonaro, por conta da participação primeira-dama Michelle Bolsonaro na propaganda partidária veiculada em TV na última segunda-feira, 29. De acordo com a ação, Michelle teria participado da peça acima do tempo limite permitido. A argumentação de Tebet está embasada no fato de que "apoiadores" podem aparecer apenas em 25% do tempo de cada propaganda eleitoral e Michelle teria ficado mais do que isso.

Observo ainda (no vídeo abaixo) que Bolsonaro está fazendo na TV, em 2022, a campanha que ele não pode fazer em 2018 por falta de tempo no programa eleitoral. Está se apresentando ao eleitor, falando de sua infância e família. Já Lula tem, por um lado, aberto mão de falar sobre a sua história, acreditando que o eleitor já conhece bem. E por outro, tem optado relembrar os feitos do seu governo.