Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Folha: TVs usam eufemismos para não chamar manifestantes de golpistas
Pelos traumas que causou, o apoio quase geral da mídia ao golpe de 1964 deveria servir de lição agora. É uma mancha difícil de remover. É verdade que a simpatia pelo golpismo é menor do que no passado. Ainda assim, há veículos de comunicação fingindo não enxergar a gravidade da situação e, em alguns casos, permitindo a divulgação de incentivos a ameaças golpistas.
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Canais de TV aberta, concessões públicas, não podem manifestar publicamente apoio político a quem quer que seja. Mas a defesa da democracia deveria ser uma causa sempre implícita no jornalismo televisivo. Duvido que alguém sofra qualquer punição por condenar este movimento dos caminhoneiros.
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Outros comentaristas na Jovem Pan seguem considerando que a Justiça influenciou o resultado das eleições, ou argumentando que a disputa eleitoral não foi "justa". Diante das notícias sobre bloqueios em estradas, um deles disse: "Tem muita gente colhendo o caos que plantou", referindo-se à "forma autoritária" com que o TSE conduziu as eleições.
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