Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Um dia após a vitória de Lula, Globo e Record descrevem países diferentes
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
O resultado da eleição presidencial de domingo, que mostrou um país dividido, se refletiu na cobertura jornalística da vitória de Lula (PT) sobre Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (31). Globo e Record descreveram países diferentes na abertura dos seus respectivos telejornais, "Jornal Nacional" e "Jornal da Record".
A Globo deu maior espaço aos aspectos positivos, como a visita do presidente da Argentina a Lula, os cumprimentos de líderes mundiais, a fala do presidente dos Estados Unidos, o convite do vice-presidente, Hamilton Mourão, ao vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, a criação de um comitê para garantir a transição e o gesto do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que se colocou à disposição para conduzir a transição, além do silêncio do presidente Bolsonaro.
Já a Record destacou apenas problemas supostamente associados à vitória do agora presidente eleito, Lula. O "Jornal da Record" enfatizou os protestos de caminhoneiros, um saque numa central de abastecimento no Rio e a queda de ações de empresas estatais. O telejornal também registrou que "o presidente Bolsonaro não deve questionar o resultado da eleição" e anunciou que o "governador eleito de São Paulo fala de planos para a educação".
Band e SBT fizeram coberturas equilibradas. Ambas registraram o resultado apertado da vitória de Lula e observaram o caráter inédito da derrota de Bolsonaro, a primeira de um candidato à reeleição. Os dois telejornais também se referiram aos protestos dos caminhoneiros, mas sublinhando os problemas causados à população. A Globo enfatizou o caráter antidemocrático dos bloqueios nas estradas.
O "Jornal da Band" chegou a fazer um editorial a respeito, cobrando uma atitude do presidente Bolsonaro. "A gente não está diante de uma manifestação dos caminhoneiros, mas de uma arruaça feita por caminhoneiros, que estão fazendo algo que a lei proíbe, que é fechar estradas. Como não dá para cobrar bom senso de baderneiros, a gente tem que cobrar a intervenção imediata de quem tem a responsabilidade por tudo isso: o presidente da República. É ele, Jair Bolsonaro, que deve fazer os esforços políticos e policiais para que a sociedade recupere o que ninguém pode tirar dela, o direito de ir e vir", leu o âncora Eduardo Oinegue.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.