Filho de presidente de falso banco no DF é preso com fuzil
Ruy Rodrigues Santos Neto foi preso nesta quarta-feira (22) em Brasília com uma arma de fogo sem documento. Ele é filho de Ruy Rodrigues Santos Filho, presidente do falso Banco Agro investigado por estelionato pela Polícia Civil do Distrito Federal.
A polícia foi até o escritório ocupado por Ruy Rodrigues com sua ex-mulher, Narryma Jatobá, onde, segundo relatos de vítimas, ele se apresentava falsamente como advogado, e encontrou lá seu filho, Ruy Rodrigues Santos Neto.
Como revelou o UOL em abril, Ruy Rodrigues abriu um banco falso, chamado Banco Agro, e está sendo acusado na Justiça de dar golpes milionários em investidores.
Apenas em processos públicos recentes identificados pelo UOL, o prejuízo que teria sido provocado por Ruy Rodrigues àqueles que se identificam como suas vítimas chega a R$ 5,8 milhões.
A averiguação no seu antigo escritório ocorreu, segundo boletim de ocorrência a que o UOL teve acesso, após o proprietário do imóvel denunciar que havia uma arma no escritório alugado.
O filho de Ruy Rodrigues estava fazendo uma mudança para desocupar o imóvel quando a polícia chegou e encontrou, em um cofre já dentro de um caminhão, um fuzil T-4 e munições. O filho teve que ligar para o pai para conseguir a senha do cofre.
Depois, Ruy Rodrigues Neto foi levado à delegacia e preso em flagrante por posse e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Após a chegada de sua madrasta, Narryma Jatobá, apresentou à polícia uma identificação de CAC (caçador, atirador e colecionador) em nome de seu pai.
Havia uma ordem para desocupar o imóvel até sexta-feira, e o dono da casa estava acompanhando a mudança quando a prisão ocorreu. Segundo Ruy Rodrigues Neto, seu pai se encontrava no caminho para Goiânia (GO) naquele dia.
Neto, que se apresentou como advogado ao ser preso, disse à polícia que estava levando os bens do escritório para um depósito. Ele aguarda uma audiência de custódia para definir se será solto.
O UOL tentou entrar em contato com Ruy Rodrigues e seus familiares, mas eles não responderam até a publicação desta reportagem.
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