Tarcísio é criticado por Carlos sobre voto nulo e recua: 'Me expressei mal'
O governador Tarcísio de Freitas afirmou à coluna que se "expressou mal" na entrevista à Jovem Pan, quando afirmou que o "o voto nulo é um bom caminho" se o segundo turno for entre Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (PSOL).
Não me expressei bem na entrevista e estou sendo criticado com razão. Não haverá voto nulo contra a esquerda aqui.
O esclarecimento do governador vem após uma crítica do vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (28)
No X, Carlos escreveu: "Não existe voto nulo contra a esquerda. Fizeram isso no passado com (o) Presidente Bolsonaro e isso ajudou a levarem o PT ao poder. Hoje, passados menos de 2 anos o país está sendo devastado pela facção. Que Deus abençoe o Brasil".
Fontes próximas à família Bolsonaro disseram que a declaração de Tarcísio provocou mal-estar porque "não existe o voto nulo", mas ponderam que Carlos foi o único até agora a falar sobre o assunto. Carlos, no entanto, quase sempre atua em sintonia com o pai.
"O Carlos está certo", reforçou Tarcísio. "O que expressei foi uma insegurança com o que tenho visto de proposta (do Marçal). Queremos, todos, o melhor para a cidade".
"Mas há muito de estratégia na forma como a campanha do Marçal está sendo conduzida. Ele precisa chamar a atenção. Não tem tempo de TV, não tem estrutura partidária. E isso está funcionando. Claro que traz insegurança do ponto de vista de gestão", afirmou.
"Minha opção pelo Nunes se dá pelo fato de já estar trabalhando com ele e ter suporte da Prefeitura em ações importantes do governo do Estado. Mas não haverá voto na esquerda aqui".
O candidato apoiado por Tarcísio e pela família Bolsonaro é o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição. Boulos, Nunes e Marçal estão tecnicamente empatados conforme o último Datafolha.
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