Raquel Landim

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Opinião

Embolados nas pesquisas, candidatos tentam limitar perda de votos em debate

Com a corrida para a Prefeitura de São Paulo totalmente indefinida, os candidatos fizeram um debate relativamente morno na TV Globo, limitando os danos. O objetivo era não perder votos.

No início do confronto, Pablo Marçal (PRTB) tentou utilizar a oportunidade para se apresentar aos eleitores já que não teve tempo de televisão, conforme enfatizou diversas vezes. Parecia um pouco mais ensaiado para falar de propostas para a cidade.

A estratégia não passou despercebida pelos adversários.

Guilherme Boulos (PSOL) chamou Marçal de "lobo em pele de cordeiro" e Tabata Amaral (PSB) ressaltou o que chamou de "gesso cenográfico" após a cadeirada.

Provocado, o candidato do PRTB então foi para cima e voltou a citar o episódio do boletim de ocorrência feito pela mulher do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e as acusações, sem provas, contra Boulos de uso de drogas.

Boulos aproveitou o confronto para se vacinar contra possíveis provocações de Marçal. Chegou até a apresentar um exame toxicológico. Nunes já havia feito isso no início da campanha.

Marçal não cumpriu a ameaça de falar sobre o episódio da internação de Boulos por depressão.

Seu prontuário médico já havia sido divulgado pelo UOL, mostrando que se tratava de uma depressão moderada e que o candidato havia ficado internado por apenas uma semana na adolescência.

Em queda nas pesquisas, Nunes se aproveitou do formato mais rígido do debate e não ficou tão acuado. Utilizou as considerações finais para esclarecer a questão do BO da esposa e dizer que não houve agressão física.

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Paradoxalmente, sem tanta agressividade, Tabata não conseguiu se destacar, porque não precisou de um "adulto" na sala.

Tão aguardado, o debate da TV Globo não deve ter feito tanta diferença nas urnas.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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