Raquel Landim

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Opinião

Caso Marielle: mandantes devem ser julgados e condenados no início de 2025

Depois de tanto sofrimento para os familiares, agora faltam poucos meses para que os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes sejam julgados e condenados assim como ocorreu ontem com os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, que executaram o crime.

Pessoas próximas aos trâmites ouvidas pela coluna dizem que o processo ganhou celeridade no Supremo Tribunal Federal (STF), entrou na fase final e o julgamento deve ocorrer no primeiro semestre de 2025. A tendência é de condenação.

Na semana passada, o juiz Airton Vieira, do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, encerrou a chamada instrução probatória: interrogatórios, coleta de provas, espaço para o contraditório. Agora, Procuradoria Geral da República (PGR) e defesa solicitam informações adicionais.

Moraes, portanto, está perto de abrir as alegações finais e, feito isso, acaba a fase documental e o processo está pronto para ir a julgamento. Essa ação tramita na primeira turma, da qual fazem parte, além de Moraes, os ministros Cristiano Zanin, Carmen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux.

São cinco réus: o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Domingos Brazão, o deputado federal Chiquinho Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, o ex-policial militar Ronaldo Paulo Alves Pereira e o ex-assessor do TCE Robson Calixto da Fonseca. Eles negam participação e alegam inocência.

Para investigadores e procuradores, porém, as provas são robustas, apesar do decurso do tempo e das tentativas de obstrução.

O pilar da motivação está bem delineado na investigação - os interesses fundiários dos irmãos Brazão na periferia do Rio e a maneira como a vereadora se opunha a eles.

Além disso, está muito evidente a vinculação dos irmãos ao submundo do crime.

Segundo as fontes, o caso contra Rivaldo Barbosa também é sólido. O ex-chefe da Polícia Civil do Rio faz uma série de movimentações para obstruir as investigações como, por exemplo, nomear o delegado Giniton Lages para o caso. Seu enriquecimento ilícito com o cargo é evidente.

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O que parecia impossível está prestes a acontecer.

Os mandantes do assassinato de Marielle e aqueles que foram subornados dentro da Polícia Civil do Rio para acobertar o crime devem ser julgados e condenados no início do ano que vem.

Graças ao esforço da família, ao trabalho da Polícia Federal, à opinião pública e à vontade política, não vão escapar impunes.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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