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Justiça penhora renda de Fittipaldi com publicidade por dívida de R$ 1,5 mi
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A Justiça de São Paulo determinou a penhora da receita dos contratos de publicidade do ex-piloto Emerson Fittipaldi.
A decisão foi tomada em razão de uma dívida de cerca de R$ 1,5 milhão do bicampeão mundial de Fórmula 1 com a empresa Travessia Securitizadora de Créditos Financeiros. Fittipaldi passa por problemas financeiros e tem dívidas estimadas em mais de R$ 50 milhões com muitos credores.
No ano passado, ele assinou um contrato publicitário para atuar como "embaixador" da empresa Magnum Tires, revendedora dos pneus GT Radial. De acordo com informações que Fittipaldi prestou à Justiça, a contratação prevê o pagamento de 30 parcelas de R$ 25 mil, sendo que 70% seriam destinados ao ex-piloto, e o restante, para a empresa que o agencia.
Ao pedir a penhora dos valores à Justiça, a empresa securitizadora afirmou que, embora tenha uma situação que beire a insolvência, Fittipaldi "ostenta uma vida luxuosa" nas redes sociais. "Em que pese as inúmeras dívidas que possui no Brasil, isso nada lhe afeta, sendo que não há nenhuma movimentação no sentido de saldar algum de seus débitos."
Na defesa apresentada à Justiça, o ex-piloto afirmou que o contrato publicitário é atualmente a sua única fonte de renda, sendo "indispensável para a sua subsistência e de sua família". Fittipaldi disse que, de acordo com a lei, a remuneração por trabalho é "impenhorável".
O juiz Luiz Gustavo Esteves não aceitou a argumentação. Segundo o magistrado, o estilo de vida Fittipaldi "não condiz com as afirmações feitas".
A dívida com a empresa Travessia foi originada em um empréstimo feito em setembro de 2011 pelo piloto no Banco do Brasil. Os direitos dessa operação foram, posteriormente, repassados para a empresa securitizadora, quando já havia uma ação judicial de cobrança.
Em entrevistas sobre as suas dívidas, Fittipaldi tem reiterado que pagará todos os credores e que tem trabalhado para resolver essa situação.
"Primeiramente, nunca escondi nenhum patrimônio. Já paguei muita dívida, estou pagando e vou liquidar tudo", afirmou ao jornal "O Estado de S. Paulo", em 2020.
Campeão mundial em 1972 pela Lotus e bi em 1974 pela McLaren, o ex-piloto disse que as dívidas surgiram quando tentou investir em etanol, aderindo a um programa lançado pelo governo, mas que, segundo ele, nada do prometido foi realizado. Os empréstimos bancários, com juros altos, teriam agravado a situação.
Fittipaldi ainda pode recorrer da decisão que determinou a penhora.
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