Globo vai pagar R$ 100 mil a professora por uso indevido de música no BBB

A professora disse à Justiça que a Globo, além de não mencionar seu nome nos créditos, não fez qualquer pagamento pelo uso de sua voz e composição.

A emissora se defendeu no processo argumentando não ter praticado qualquer ato ilícito. Disse ter agido de boa-fé.

A Globo declarou que a música não estava registrada em nenhum órgão oficial e que tentou identificar a autoria por meio de um convênio com União Brasileira de Editoras de Música — mas que não obteve sucesso.

"A autora poderia ter entrado em contato com a Globo para regularizar a utilização da obra, contudo não o fez", afirmou a defesa da emissora no processo.

A Globo foi condenada em primeira e em segunda instância.

"Não se pode crer que um programa como Big Brother Brasil, veiculado pela empresa de comunicação do porte do Grupo Globo, possa ser inexperiente a ponto de ignorar a existência do trabalho de um autor na criação de uma obra musical", afirmou o desembargador José Carlos Costa Neto.

A emissora recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, mas, antes da realização do novo julgamento, desistiu e firmou um acordo no qual se comprometeu a fazer o pagamento de R$ 100 mil à professora — e mais R$ 15 mil em honorários ao advogado dela.

O acordo foi homologado pela Justiça em 9 de janeiro.