Rogério Gentile

Rogério Gentile

Siga nas redes
Reportagem

Jovem diz ter sido incriminada no caso Marcelinho; juiz mantém prisão

A Justiça paulista rejeitou o pedido de revogação da prisão preventiva de Camily Novais da Silva, 21, acusada de participar do sequestro do ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca e de Taís Moreira, amiga do ex-atleta, em dezembro do ano passado.

Marcelinho foi sequestrado em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, na madrugada de 17 de dezembro enquanto conversava em sua Mercedes-Benz C250 com a amiga, após sair de um show na Neo Química Arena, em Itaquera.

Sete pessoas foram denunciadas pelo crime. De acordo com o Ministério Público, no cativeiro, Camily era uma das responsáveis por procurar amigos e familiares das vítimas a fim de extorquir dinheiros deles.

Camily da Silva, suspeita de participar do sequestro de Marcelinho Carioca
Camily da Silva, suspeita de participar do sequestro de Marcelinho Carioca Imagem: Reprodução

Segundo o relato da Promotoria, a jovem teria conseguido escapar quando a polícia, no dia seguinte, resgatou Marcelinho e Taís, mas suas digitais foram encontradas no local.

Ela seria uma das "carcereiras".

Marcelinho disse em depoimento à polícia que permaneceu encapuzado durante o sequestro, mas que diversas vozes pareciam ser de jovens, que "estavam bem agitados".

Em determinado momento, ele afirmou ter ouvido um criminoso dizer: "Caralho, olha lá quem é, fodeu. É o cara, é o Marcelinho". Nesse momento, lhe ofereceram água e comida.

No pedido de revogação da prisão preventiva de Camily, decretada pela Justiça em 19 de janeiro, os advogados Vagner Ferraz e Lucas Ferraz, que a representam, afirmaram que ela foi "inserida nos autos do processo apenas por conhecer pessoas envolvidas".

Continua após a publicidade

"Ela foi colocada no cenário por uma pessoa presa em flagrante que tem inúmeros motivos pessoais para querer incriminá-la", disseram à Justiça.

Segundo eles, Camily nega veementemente as acusações, ressaltando que ela não tem antecedentes criminais, nunca praticou nenhum delito e trabalha como atendente em um centro de formação de condutores.

"É inconcebível que a Justiça busque prender primeiro para investigar depois", declararam à Justiça.

O juiz Sérgio Cedano não aceitou a argumentação e disse que há indícios suficientes para a decretação de sua prisão preventiva, destacando que o nome de Camily foi citado por uma das autoras do crime em interrogatório, assim como suas digitais foram encontradas no cativeiro.

O mérito do processo ainda não foi julgado.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Deixe seu comentário

Só para assinantes