Rogério Gentile

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Foragida, acusada de sequestrar Marcelinho quer ser interrogada por vídeo

Acusada de participar do sequestro do ex-jogador Marcelinho Carioca, a jovem Camily Novais da Silva, 21, que está foragida, pediu à Justiça de São Paulo para ser interrogada por videoconferência.

Marcelinho foi sequestrado em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, na madrugada de 17 de dezembro, assim como uma amiga com quem ele conversava em sua Mercedes-Benz C250.

Sete pessoas foram denunciadas pelo crime. De acordo com o Ministério Público, no cativeiro, Camily era uma das responsáveis por procurar amigos e familiares das vítimas a fim de extorqui-las.

Segundo o relato da Promotoria, a jovem teria conseguido escapar quando a polícia, no dia seguinte, resgatou Marcelinho e a amiga dele, mas suas digitais foram encontradas no local.

Como teme ser presa, a jovem pediu para ser ouvida em um interrogatório online de modo que possa exercer sua "ampla defesa".

O juiz Sérgio Cedano, que marcou a audiência de julgamento do grupo para 2 de agosto, não aceitou o pedido. Disse que a fuga é um ato de afronta à Justiça e que ela não pode se beneficiar desse fato, "um meio inidôneo de defesa, que desrespeita o Estado de Direito".

O magistrado afirmou na decisão que ela será ouvida e poderá se defender assim que se apresentar. Se isso não ocorrer até a data marcada para o julgamento, a acusação contra ela será analisada em um processo separado do restante do grupo de acusados.

Camily ainda pode recorrer da decisão.

Em documento enviado à Justiça, o advogado Vagner Ferraz, que a representa, disse que ela foi "inserida nos autos do processo apenas por conhecer pessoas envolvidas".

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"Foi colocada no cenário por uma pessoa presa em flagrante que tem inúmeros motivos pessoais para querer incriminá-la", disse à Justiça.

Segundo o advogado, Camily nega veementemente as acusações, ressaltando que não tem antecedentes criminais, nunca praticou nenhum delito e trabalha como atendente em um centro de formação de condutores.

"É inconcebível que a Justiça busque prender primeiro para investigar depois", declarou.

A defesa afirma que as digitais foram encontradas no cativeiro pois o imóvel pertencia a um amigo de Camily e ela sempre frequentou o local.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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