MDB tem 4 nomes à sucessão de Alcolumbre; na Câmara, disputa com DEM
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O MDB não abre mão de lançar candidato a presidente do Senado, depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu que Davi Alcolumbre (DEM-AP) não pode se reeleger, assim como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Já há quatro emedebistas entre os principais candidatos ao comando do Senado. Além disso, o próprio presidente da sigla, Baleia Rossi, está entre os preferidos de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para sucedê-lo na presidência da Câmara.
No entanto, na Câmara, o ex-líder do DEM Elmar Nascimento (BA) desponta como candidato em ascensão no grupo de Rodrigo Maia. Isto ocorre desde que Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) teve sua pretensão atropelada pela candidatura do líder de seu partido, Artur Lira (AL). Este, com o apoio do Palácio do Planalto.
Elmar já foi do centrão, mas agora reaproximou-se de Rodrigo Maia. Conta com o bom relacionamento com o ex-governador petista da Bahia Jaques Wagner para atrair apoio do PT à sua candidatura. Também pode trazer o PDT, de Ciro Gomes (CE), interessado em fechar uma aliança de partidos de direita e de esquerda para as eleições de 2022.
Ciro e Rodrigo Maia articulam uma chapa à Presidência da República encabeçada pelo ex-governador do Ceará, tendo como vice o próprio Maia ou o ex-prefeito de Salvador ACM Neto.
No Senado, o MDB tem mais chances de eleger o presidente, porque é o maior partido da Casa. Já estão em plena campanha o líder da sigla, Eduardo Braga (AM), o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (TO), e o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (PE).
Também a presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Simone Tebet (MS), pretende concorrer. Ela integra uma ala do MDB mais próxima do movimento Muda Senado.
Tanto na Câmara como no Senado, esses são os nomes que emergem com maior força, desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, neste final de semana, que Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre não podem ser candidatos.
Mas em se tratando da eleição entre parlamentares, tudo pode ocorrer. Davi Alcolumbre foi eleito, quando era um obscuro senador de primeiro mandato, contra o então poderosíssimo presidente da Casa, Renan Calheiros (MDB-AL).
O próprio Rodrigo, que agora completa sua terceira passagem seguida pela presidência da Câmara, não era tido como favorito à sucessão de Eduardo Cunha (MDB-RJ) na primeira vez que assumiu.
Seu partido, o DEM, vinha de seguidos fracassos eleitorais, tornando-se a nona legenda em tamanho na Casa, com 22 deputados.
Por isso não dá para descartar completamente nomes hoje considerados fracos, como o coordenador da Frente Parlamentar da Segurança, a chamada "bancada da bala", Capitão Augusto (PL-SP), Marcelo Ramos (PL-AM) e Alessandro Molon (PSB-RJ).
Há nomes que circulam bem no governo e na oposição que tentam se colocar como candidatos de consenso. É o caso, por exemplo, do vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP).
Ele é pastor da igreja Universal do Reino de Deus, já foi filiado ao PSB e costuma fazer caminhadas pelo Lago Sul de Brasília com Rodrigo Maia.
No Senado, o segundo maior partido é o PSD, com 12 senadores, um a menos que o MDB apenas. O PSD tem nomes ligados ao governo e à oposição dispostos a concorrer, entre os quais destaca-se o vice-presidente do Senado, Antonio Anastasia (MG).
Anastasia, Como Simone Tebet, conta com a simpatia do grupo Muda Senado, que tem como uma de suas lideranças Álvaro Dias (PR), da terceira maior legenda na Casa, o Podemos, com 10 senadores. Outro que se coloca como alternativa não bolsonarista.
Tanto na Câmara como no Senado, a oposição não tem votos suficientes para eleger um candidato próprio. Mas, como diz um dos líderes do grupo, tem votos para impedir a anexação do Congresso pelo Palácio do Planalto. Vai depender da capacidade de articulação dessas legendas e de Rodrigo Maia.
Num primeiro momento, no entanto, os candidatos com o apoio do governo saem na frente.
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