Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Eduardo Bolsonaro é o padrinho do novo ministro da Saúde
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A médica Ludhmila Hajjar não entendeu direito por que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, estava presente ao encontro em que ela seria convidada para comandar o Ministério da Saúde.
Segundo fontes muito próximas do presidente, Bolsonaro manteve uma conversa cordial, mas fria com a médica, mas não chegou a formular um convite.
O único convite foi para o encontro. Precedido de avisos de interlocutores de que ela seria a nova ministra. Mas, na hora H, a decepção: o convite não foi formulado.
Como os recados que recebeu de que haveria o convite eram de fonte confiável, Ludhmila entendeu que o encontro não foi bom para ambas as partes. Portanto, se deu como tendo recusado o convite. Ambos teriam recusado: ela e o presidente. Bem, é uma avaliação possível, essa da medica...
Mas, e o Eduardo Bolsonaro? O que ele fazia ali?
O deputado foi quem alertou o pai das resistências no meio bolsonarista à médica. E alertou também dos posts nas redes sociais com vídeos em que a médica e a ex-presidente Dilma Rousseff conversavam amigavelmente, além de áudios atribuídos a ela atacando o presidente (Ludhmila Hajjar nega que seja sua voz).
Pouco antes do encontro com a médica, Eduardo e o pai já haviam batido o martelo de que outro profissional de saúde, Marcelo Queiroga, seria o nome ideal.
Além de bolsonarista, Queiroga carrega o título de presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o que diminuiria as críticas à sua escolha.
Então, Eduardo não estava ali de graça. Estava porque foi conversar antes com o pai e bater o martelo. Ficou para presenciar a despedida da ex-futura-ministra. E assumir como padrinho do subministro da Saúde. Porque o ministro mesmo continua sendo Jair Bolsonaro.
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