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Bolsonaro faz de "um tal de Queiroga" a nova Regina Duarte
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"Um tal de Queiroga. Não sei se vocês sabem quem é." Foi assim que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se referiu a Marcelo Queiroga na cerimônia em que anunciou, nesta quinta-feira, que pretende acabar com obrigatoriedades do uso de máscaras.
Mais do que uma nova provocação negacionista contra a ciência, a fala de Bolsonaro foi motivada por sua irritação com o depoimento do ministro na CPI da Covid.
Bolsonaro não gostou de Queiroga ter-se declarado defensor do uso de máscaras e do distanciamento social, pessoalmente contrário à cloroquina como remédio para a covid-19 e não ter defendido o chefe por provocar aglomerações, motociatas e pelo próprio Bolsonaro não usar máscaras.
O "tal de Queiroga" entrou na linha de tiro, da mesma forma que outros ministros da Saúde, como Nelson Teich e Henrique Mandetta.
Mas com uma diferença. Já que Queiroga tem um temperamento tão flexível e subserviente como o da ex-secretária de Cultura, a atriz Regina Duarte, Bolsonaro resolveu dar ao ministro o mesmo tratamento: humilhações públicas seguidas, até que o auxiliar saia arrastando publicamente uma mal disfarçada vergonha.
Agora é esperar para ver se o ministro, como a atriz, vai repetir aquela cena dramática nos jardins do Palácio da Alvorada em que ela perguntou: "O senhor está me fritando, presidente?" E acabou saindo pela porta dos fundos do governo.
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