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ICMS: candidato bolsonarista a governador, Heinze repele tese de Bolsonaro
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O presidente Jair Bolsonaro tem culpado ora a Petrobras, ora os governadores pela inflação, especialmente por causa do aumento dos preços dos combustíveis. São duas as principais propostas do governo em discussão no Congresso: limitar a 17% a alíquota do ICMS sobre energia, telecomunicações e combustíveis cobrada por estados e municípios; e ressarcir os governadores que aceitarem zerar a cobrança de impostos sobre combustíveis.
Na sabatina do UOL da qual participou nesta terça-feira, 14, o candidato do PP ao governo do Rio Grande do Sul, Luís Carlos Heinze, foi peremptório: o estado já estará perdendo dinheiro com o teto sobre o ICMS e, portanto, se for aleito, não aceitará a proposta de Bolsonaro de zerar impostos sobre combustíveis. "Tenho responsabilidade com as contas e não posso fazer isso", disse.
Heinze disse mais. Também está contra a proposta do governo federal para renegociação das dívidas do estado. Se o atual governador do Rio Grande do Sul fechar acordo com o Ministério da Fazenda, Heinze avisa: vai tentar mudar o acordo. "Não teremos como pagar R$ 13 bi, ou R$ 14 bi, R$ 15 bi por ano. Pretendo juntar governadores de outros estados e rever essa cobrança", argumenta.
Em outras palavras, as contas e os argumentos do presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, não convencem nem um dos mais ferrenhos bolsonaristas candidatos a governador.
Vale lembrar que Heinze era aquele que se expôs a cenas que beiraram o ridículo na CPI da pandemia para defender o governo e o uso de cloroquina como tratamento contra a Covid-19 promovido pelo presidente Bolsonaro.
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