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Bolsonaro faz acerto entre PL e federação partidária do PP com União Brasil
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O vice-presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, comunicou ao presidente Jair Bolsonaro (PL) que o partido não deve se fundir com o PP, mas formarão uma federação partidária. Juntas, as duas legendas se tornam a maior bancada da Câmara, tomando o lugar do PL.
Estava na reunião o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Netto. O partido, que elegeu a maior bancada, com 99 deputados, ameaçava reivindicar a presidência da Câmara, hoje ocupada por Arthur Lira (PP-AL).
Mas a federação partidária passa a funcionar no Congresso como se fosse um partido, assim, PP e União Brasil compõem formalmente a maior bancada. Isso praticamente garante a Arthur Lira a permanência no comando da Câmara, caso Bolsonaro seja reeleito.
O presidente da República promoveu o encontro no Palácio da Alvorada justamente para evitar o enfrentamento entre seu partido e o PP de Arthur Lira. Valdemar disse que, então, estava "tudo bem para o PL".
Segundo Rueda disse no encontro, a opção por uma frente partidária, e não pela fusão com o PP, é para evitar os problemas que ocorreram dentro do União Brasil, formado pela fusão do DEM com PSL. Vários diretórios regionais tiveram dificuldades de se juntar. Ao passo que, com a federação, os diretórios continuarão separados.
Além de pacificar as maiores legendas de sua base, Bolsonaro queria também garantir o apoio formal do União Brasil no 2º turno da eleição presidencial.
Rueda disse que a "grande maioria" do partido já estava com Bolsonaro e estará na campanha pela reeleição do presidente da República, incluindo provavelmente o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, de quem Bolsonaro se afastou durante a pandemia.
Mas Rueda assinalou que há resistências do prefeito de Salvador, ACM Neto, e do presidente nacional do partido, Luciano Bivar, a um apoio oficial.
ACM enfrenta uma campanha de 2º turno para o governador da Bahia contra o petista Jerônimo Rodrigues. Lula teve 69,73% dos votos no estado e ACM Neto tem procurado se manter neutro entre o petista e Bolsonaro.
Quanto a Bivar, ele já disse ao ex-presidente Lula que, pessoalmente, gostaria de apoiá-lo, mas não o faz porque a maioria do partido prefere Bolsonaro.
Os articuladores políticos do presidente, no entanto, continuarão tentando formalizar o apoio.
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