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Lula chama União Brasil, MDB e PSD para o governo, e siglas fecham blocos
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Os partidos MDB, União Brasil e PSD assinam protocolo de formação do maior bloco parlamentar do Senado, com 31 integrantes. O grupo já discute com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o espaço que terá no governo.
A negociação faz parte da estratégia do presidente eleito de aprovação da PEC da Transição e de formação de uma base com maioria sólida de apoio a seu governo no Congresso.
Na Câmara, os três partidos se dispõem a integrar um grande bloco reunindo mais de 300 dos 513 deputados tanto da aliança que elegeu Lula — como o PT e o PSB — quando dos que apoiaram a reeleição de Jair Bolsonaro (PL), como o PP e até o PL.
A ideia é formar esse "blocão" para reconduzir o deputado Arthur Lira (PP-AL) ao comando da Casa em 2023 e desfazê-lo logo após a eleição da Mesa Diretora, com cada partido mantendo seus líderes e vice-líderes.
No Senado, pelo protocolo que assinaram, o MDB, o União Brasil e o PSD vão manter o bloco após a formação da Mesa Diretora, podendo ou não acrescentar outras legendas, como o próprio PT, o PDT e o PSB.
Independentemente do apoio ao governo federal os blocos serão formados, com a certeza de que os atuais presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara serão reconduzidos ao comando das duas Casas. No caso do Senado, o regimento permite que os blocos mantenham cargos de líder para cada um dos partidos que os integram.
Lula recebeu nesta terça-feira, separadamente, lideranças do MDB, do União Brasil e do PSD. Disse aos três partidos que terão espaço no governo, mas não explicitou quais ministérios.
A ideia é que as bancadas da Câmara e do Senado das três legendas se sintam contempladas, tanto na distribuição de cargos no governo como na repartição de postos no Congresso.
Lula comunicou aos partidos que o senador Jaques Wagner (PT-BA) estará encarregado da negociação com os senadores e, na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE) e o próprio Lira farão a intermediação com o futuro governo.
Os líderes dos três partidos ficaram de relatar a conversa às suas bancadas e esperar os sinais do presidente sobre o espaço que terão na administração para, então, formalizar o apoio ao futuro governo.
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