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Em reação a vetos do PT ao partido, União Brasil anuncia "independência"
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Após veto do PT a indicações do União Brasil para a equipe ministerial, o líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento (BA), declarou à coluna que a sigla terá uma posição de "independência" em relação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
"O Partido seguirá independente. Os ministros filiados ao União Brasil não foram indicações nem da Executiva Nacional e nem da liderança. Não há nenhuma proibição para que algum filiado ocupe cargo. Mas o posicionamento da bancada demonstrará a nossa independência", disse Elmar Nascimento.
As resistências do PT partiram principalmente de governadores do Nordeste ao nome do próprio Elmar Nascimento para comandar o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.
Para tentar contornar a crise, Lula foi aconselhado a nomear o também deputado federal pelo União Brasil da Bahia Paulo Azi.
A ideia era, inclusive, trocar a pasta. Em vez da Integração Nacional, que interessa muito aos nordestinos, colocaria o União Brasil no comando do Ministério das Comunicações. Mas entidades sindicais ligada ao PT passaram a também criticar publicamente a escolha, sob o argumento de que a pasta tem que ficar sob comando de partidos de esquerda.
Os vetos explícitos deixaram o comando do União Brasil irritado, aliando-se a vozes dentro da bancada que defendiam manter-se em oposição ao futuro governo. O comando da sigla esperava que não houvesse vetos ao partido, muito menos a Elmar Nascimento, após o deputado relatar e ajudar a aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição
Também o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que tem forte influência sobre os partidos do centrão, entrou na crise. Ele vinha defendendo nos bastidores a nomeação de Elmar Nascimento, considerado seu principal aliado no Congresso.
Lira já estava irritado com o vazamento de sua pretensão de indicar o ministro da Saúde. Mas ele não pretende bater de frente com o futuro governo por enquanto. Pelo menos até ter sua recondução ao comando da Câmara com o prometido apoio dos deputados do PT.
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