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Governador Zema e bolsonaristas apostam na inelegibilidade do ex-presidente
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As declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, revelam não só que ele está tentando ocupar o espaço na política que deverá ser deixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Zema tem partido para cima do presidente Lula. Acusa o governo recém empossado de ter deixado correr solto o quebra-quebra do dia 8 no Palácio do Planalto, no Congresso e no Supremo Tribunal Federal. Segundo o governador, isso serviria para o presidente Lula se fazer de vítima.
Na verdade, ao tentar polarizar com Lula, Zema revela que, no próprio campo político do Bolsonaro, a expectativa é que o ex-presidente ficará inelegível, seja em razão dos processos contra ele no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seja por alguma condenação à prisão devido ao processo na Justiça comum e no Supremo Tribunal Federal.
O fato é que o governador de Minas Gerais não está sozinho. Como ele, boa parte dos antigos aliados de Bolsonaro já está disputando seu espólio político.
E quem comandará a direita conservadora, ou ultraconservadora? Será o governador de Minas Gerais, ou será o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que se coloca com um perfil menos conservador? Ou será ainda o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, este menos conservador ainda? Há também outros nomes que já entraram na disputa por essa fatia do eleitorado, como o da ministra do Planejamento, Simone Tebet, que já tem praticamente pronto um plano de governo liberal e progressista.
Também há expectativa de que o próprio Lula não se candidate à reeleição. Com isso, vão surgindo outros nomes na esquerda, como o do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro da Justiça, Flavio Dino, que agora bate boca com Zema.
Enfim, a disputa pela eleição presidencial em 2026 já começou.
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