Thais Bilenky

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Reportagem

Nem com cadeirada Marçal consegue se vitimizar, dizem adversários

As campanhas de Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSB) e Ricardo Nunes (MDB) não veem Pablo Marçal (PRTB) no papel de vítima depois da cadeirada que levou de José Luiz Datena (PSDB) no debate entre candidatos a prefeito de São Paulo da TV Cultura no domingo (15).

Pela frequência com que provoca os adversários e sem limite ético, Marçal não mobiliza sentimento de pena ou compaixão nem mesmo hospitalizado, segundo a campanha de Boulos.

Ao contrário, a avalanche de memes produzidos desde o minuto seguinte ao episódio mostram mais uma ridicularização.

A campanha de Nunes inclusive aposta que Marçal pode sair com imagem enfraquecida, de quem chamou para briga e apanhou.

Para a equipe de Tabata, Marçal receberá atenção, sim, mas negativa. Datena, por sua vez, é que pode receber apoio pela "defesa da honra da sogra" e se beneficiar —ele— do machismo do eleitorado, intuem assessores da candidata.

A cena de Marçal saindo de ambulância do debate, com máscara de oxigênio, depois de ter insistido com auxiliares para ficar no púlpito não parece convincente, disseram dois estrategistas que estavam lá e assistiram a tudo na íntegra.

A equipe de Marçal investe no discurso contrário. "Pablo foi agredido, ele não cometeu crime nenhum. Quem agrediu que cometeu crime", disse Wilson Pedroso, da coordenação da campanha. "Se a cadeira acertasse a cabeça dele, o episódio seria muito mais grave."

Marçal comparou a cadeirada ao tiro que Donald Trump levou nos EUA e a facada de Jair Bolsonaro, em 2018. Mas, segundo avaliou um assessor de Boulos, as provocações reiteradas do candidato do PRTB não favorecem o paralelo.

O desempenho do psolista ficou abaixo do esperado por sua campanha no embate com Nunes, seu possível adversário no segundo turno. Boulos foi preparado para fazer frases de efeito contra o prefeito, mas a cadeirada e o formato do debate não favoreceram a estratégia.

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Para a campanha de Tabata, o debate foi ofuscado pela briga. "Vamos pro próximo tentando manter a linha propositiva", afirmou seu marqueteiro, Pedro Simões.

Reportagem

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