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Thaís Oyama

REPORTAGEM

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A modelo Sabrina conta como são as festas de swing do mundo "liberal"

"Playroom" de um clube de swing em Cancun, destino frequente de adeptos da prática   - Divulgação
"Playroom" de um clube de swing em Cancun, destino frequente de adeptos da prática Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

29/03/2022 04h00

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Esta é parte da versão online da edição de segunda-feira (28) da newsletter de Thaís Oyama.

A modelo Sabrina (o nome é fictício), 28 anos, é adepta do swing e das práticas do chamado "mundo liberal".

Na segunda parte desta newsletter, ela conta como funciona uma comunidade de swingueiros liberais — quem participa, quais são as regras, como são as festas, e o que às vezes dá errado. Para assinar o boletim e ter acesso ao conteúdo completo, clique aqui.

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As festas secretas dos adeptos do swing

"Um belo dia, um casal me falou dessa comunidade virtual onde organizam as festinhas particulares. O mundo liberal é muito fechado. Tem todo um cuidado pra que as pessoas não se exponham, porque a sociedade ainda julga muito.

Existem comunidades fortes do mundo liberal aqui em São Paulo, mas algumas reúnem um povo meio estranho, porque são mais abertas, qualquer um meio que pode entrar. A que eu frequento é mais fechada.

Tem de ter um padrinho pra ti entrar. Um padrinho que te convida. Esse padrinho é responsável por ti. Se tu aprontar alguma coisa, se estiver só de curioso, por exemplo, tu vai ser excluída e ele também. Pra ser aceita, tu tem de ter quatro "certificadores" — perfis reais que te conhecem para garantir que tu não é um perfil fake (...)

Todo ano eles organizam uma festa. Fecham um hotel chiquérrimo aqui em São Paulo só para a prática. Vem gente do Brasil inteiro e também de fora. Ninguém pode usar celular, é super controlado. No exterior, eles colocam até adesivo nas câmeras (...)

E tem as festinhas particulares que a gente faz também. No fim de semana passado, fomos com dois outros casais para Ubatuba. Advogado com fonoaudióloga e casal sócio em uma clínica de oftalmologia (...)

"Em cinco anos, a monogamia vai entrar em extinção"

Ainda tem gente que acha doente quem simplesmente gosta de sexo. É o que a família ensinou, a cultura e o lugar ensinaram. São pessoas que não têm maturidade suficiente para enxergar ou aceitar outras formas de relacionamento. Eu não quero posse de nada. "Tá com desejo de sair com a garçonete? Vai lá".

Isso não quer dizer que eu não possa sentir ciúme. Se eu acho que uma mulher me ameaça, eu vou sentir ciúme (...)

O mundo liberal não é um mundo perfeito. Já vi vários casais se separando, várias singles tendo ciúmes de homens casados e mulheres conseguindo separar o homem da sua esposa. Mas mesmo assim, eu acho que a tendência é essa. Em cinco, dez anos, a monogamia vai entrar em extinção. As pessoas não querem mais ter um envolvimento sexual só com uma pessoa o resto da vida, como os nossos avós (...)

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