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Thaís Oyama

REPORTAGEM

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Pesquisa mostra que nem joias sauditas diminuíram o apoio a Bolsonaro

Colunista do UOL

23/03/2023 10h44

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Os primeiros resultados da pesquisa de opinião encomendada pelo PL ao Instituto Paraná para medir a popularidade de Jair Bolsonaro animaram a cúpula do partido.

Até agora, a perda de apoiadores do ex-presidente, segundo o levantamento, não passou de 2 pontos percentuais, mesmo depois do caso das joias sauditas. Antes de a pesquisa ir a campo, as expectativas mais pessimistas de integrantes da sigla eram de que os últimos eventos envolvendo o ex-capitão, incluindo os ataques de 8 de janeiro, poderiam causar uma redução de até 10 pontos percentuais na sua popularidade. Em setembro do ano passado, o Datafolha aferiu que 30% dos brasileiros aprovavam o governo Bolsonaro.

"O piso de Bolsonaro é pétreo e inabalável", diz um aliado que teve acesso aos dados preliminares da pesquisa.

A data de retorno de Jair Bolsonaro ao Brasil continua dividindo opiniões no seu entorno. Sua mulher, Michelle Bolsonaro, prefere que ele permaneça mais tempo por lá para se "proteger de hostilidades" que enfrentaria no Brasil.

Já outros conselheiros afirmam que o ex-presidente deveria voltar agora para aproveitar o que consideram ser "os primeiros maus momentos" vividos pelo governo Lula.

Para um desses conselheiros, o retorno imediato do ex-presidente ajudaria ainda a "frear" o que ele considera ser um movimento "precipitado" para promover o nome da ex-primeira-dama.

No último dia 21, Michelle Bolsonaro foi empossada como presidente nacional do PL Mulher. Durante o evento, Bolsonaro fez uma aparição por vídeo e chorou. O conselheiro considerou um equívoco a exposição da imagem do presidente em lágrimas, ao lado da ex-primeira-dama em um momento festivo. "Ela apareceu forte e ele, frágil. Isso é ruim".