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'O Brasil voltou': Mote dos 100 dias de governo é alvo de críticas internas
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O presidente Lula (PT) está "ansioso" para mostrar os feitos nos seus 100 primeiros dias de mandato, com o governo mobilizando ministros e deputados para mostrarem tudo que foi feito até agora.
Apesar do governo estar elaborando a campanha com o mote "O Brasil voltou", tendo a retomada do Bolsa Família como ponto principal, essa divulgação não é unanimidade dentro do partido, segundo a colunista do UOL Thaís Oyama.
Esse mote suscitou críticas, inclusive internas, porque funciona assim: voltou Bolsa Família, voltou Minha Casa Minha Vida, voltou o respeito às mulheres e voltou o respeito pelo Brasil no exterior. Para pessoas dentro do PT, isso remete ao passado. O governo deveria estar jogando a bola para frente, não para trás, e isso faria uma coisa mais nostálgica do que esperançosa".
Tiro no pé. "Um especialista que ouvi foi além e disse que isso pode ter sido um tiro no pé e pode criar um 'efeito rebote'. O que é o efeito rebote? O slogan é 'O Brasil voltou', e isso é um prato feito para a oposição chegar e completar do jeito que eles querem: 'Voltou a corrupção' e 'Voltou o aparelhamento do Estado'".
Ausência de um feito maior. "O governo está completando 100 dias e, de fato, não tem algo forte para mostrar. No Congresso, por exemplo, isso tem a ver com o fato de o governo não ter conseguido ainda montar uma maioria sólida. Então, lá não aconteceu nada mesmo e lá o governo nem começou".
Bolsonaro não vai ficar em silêncio em depoimento à PF sobre joias
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não deve usar o direito de ficar calado no depoimento à Polícia Federal sobre as joias da Arábia Saudita, conforme apurou a colunista Thaís Oyama.
Ele vai falar e responder todas as perguntas que forem feitas, foi isso que me garantiu um assessor dele. A principal pergunta a ser respondida vai ser aquela: foi o senhor mesmo que determinou que um funcionário do palácio fosse tentar retirar as joias devidamente retidas pela Receita Federal? Essa é a principal pergunta que Bolsonaro terá de responder".
Já o coronel Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, deve confirmar que foi o ex-presidente que deu a ordem para tentar reaver as joias.
Já está decidido a dizer que foi, sim, o ex-presidente Jair Bolsonaro que pediu para ele solicitar a devolução indevida das joias retidas pela receita. Não há como Bolsonaro escapar, tendo que confrontar com o próprio ajudante de ordens".
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