Brasil não é o único país a usar urnas eletrônicas
Um dos boatos que ressurgem a cada novo período eleitoral é que as urnas eletrônicas seriam uma "jabuticaba brasileira", ou seja, algo que só acontece no país. "Brasil é o único país no mundo a usar urnas eletrônicas", diz a mensagem, repetida em diferentes redes sociais a cada ano eleitoral, no mínimo, desde 2010.
Nos últimos anos, no entanto, as mentiras vêm se aprimorando. Em 2018, se tornou popular uma corrente que dizia que, na verdade, os únicos países que usam urnas eletrônicas são Brasil, Cuba e Venezuela.
Em 2020, circula texto pelas redes sociais de que são apenas países de "terceiro mundo" com "eleições fraudulentas" que não aderem ao voto impresso.
Falso: Brasil não é o único país a usar urnas eletrônicas
Nenhuma dessas informações é verdadeira. Além do Brasil, os Estados Unidos têm estados que usam a opção eletrônica para votar.
De acordo com o Instituto Internacional para a Democracia e a Assistência Social (Idea), uma organização não governamental que estuda eleições e democracia pelo mundo, até 2015, pelo menos 23 países usavam urnas eletrônicas nas eleições gerais e 18 em eleições regionais.
Além do Brasil, entre eles estão países de diferentes continentes e realidades sociais, como Estados Unidos, Canadá, México, Argentina, Rússia, Índia, França e Namíbia.
Alguns, como Austrália, desistiram de usar o sistema eletrônico desde então, enquanto outros, como a Coreia do Sul, vêm estudando a possibilidade de implantação de votos eletrônicos.
30 estados têm voto eletrônico nos EUA
Outro engano da corrente é focar nos Estados Unidos. O país tem um plano de voto eletrônico desde 1990 e um protocolo criado desde 2005.
Por lá, no entanto, quem define a maneira de votação é o estado, não a federação. As opções vão desde voto impresso a voto pelos Correios, popularizado neste ano para as eleições presidenciais em novembro por causa da pandemia.
Atualmente, 30 estados têm o voto eletrônico como opção —18 deles com comprovante de votação.
No início do ano, o partido democrata testou votos por aplicativo como outra possível opção para a pandemia, mas a experiência não foi bem-sucedida e não será adotada para as eleições gerais.
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