É falso que urna eletrônica não permite recontagem de votos no Brasil
Como saber se o meu voto contou? Este é um dos principais questionamentos feitos por quem desconfia do processo de apuração das urnas eletrônicas e defende a existência do voto impresso no Brasil.
Correntes que circulam pelas redes sociais pelo menos desde 2014 usam como argumento de fraude nas urnas eletrônicas a informação de que não há como fazer recontagem dos votos, o que tornaria o resultado divulgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) impossível de apurar.
Urna permite, sim, recontagem de votos
A informação é falsa. A recontagem de votos não só é possível como está disponível para qualquer partido requerê-la —o que não é possível é a identificação do voto de cada eleitor.
Segundo o TSE, todas as urnas gravam os votos registrados nelas por meio do Registro Digital do Voto (RDV), um arquivo com uma espécie de planilha que compila 100% dos números digitados. Ao final da votação, esse registro é assinado digitalmente com o código específico daquela máquina e salvo.
"O RDV armazena o voto exatamente como foi digitado na urna e é utilizado somente no encerramento da votação para gerar o boletim de urna. Depois, é realizado o somatório dos votos de cada candidato ou legenda, bem como o cômputo de votos nulos e brancos", explica o TSE.
Para garantir o sigilo do votos, este registro não é feito de forma sequencial (o que poderia levar a uma checagem por título de eleitor), mas aleatória. Assim, é possível saber a quantidade exata de cada candidato/legenda sem indicar de que eleitor veio cada voto.
Esses dados ficam salvos e disponíveis para que Ministério Público, partidos ou organizações interessadas, como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), tenham acesso e façam sua apuração paralela. Com a verificação de assinatura das urnas oficiais, é possível checar 100% dos votos de cada zona, município, estado ou mesmo de todo o país.
Também é possível somar boletins
O cidadão também pode fazer a conferência por meio da soma dos boletins de urna. Ao final da votação, o boletim com a apuração dos votos de cada seção eleitoral se transforma em documento público. Estes boletins podem ser somados e, depois, confrontados com os números divulgados pelo TSE.
"Qualquer possível ou eventual fraude no procedimento de totalização seria facilmente detectável pela conferência do boletim de urna impresso com o boletim de urna divulgado pelo TSE", explica o órgão.
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