Covid: Spray nasal exibido no Fantástico não é o que Bolsonaro quis comprar
Diversos posts no Twitter utilizam trecho de uma matéria do Fantástico que foi ao ar no domingo (5) sobre uma vacina contra covid-19 em formato de spray nasal e relacionam de forma errada ao spray nasal que o presidente Jair Bolsonaro demonstrou interesse em adquirir de Israel no ano passado.
Além da reportagem do Fantástico, as publicações utilizam também manchetes de jornais e omitem que se tratam de produtos diferentes. O conteúdo foi compartilhado por políticos como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Carla Zambelli (PL-SP), Major Vitor Hugo (PL-GO) e também pelo economista Rodrigo Constantino.
O spray nasal israelense no qual Bolsonaro demonstrou interesse em comprar é o EXO-CD24, desenvolvido pelo Hospital Ichilov de Israel. O medicamento, indicado para casos graves de covid, tinha como objetivo conter a "tempestade de citocina", uma resposta inflamatória exagerada do organismo que pode ser causada pelo coronavírus.
Já o spray nasal citado na matéria foi desenvolvido na USP (Universidade de São Paulo). O produto, inédito, é uma vacina. Segundo o imunologista Jorge Kalil, responsável pela pesquisa, o objetivo desse spray é fortalecer o sistema imunológico da mucosa nasal.
Em outubro, os pesquisadores entraram com o pedido na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para iniciar os testes em humanos.
Em janeiro deste ano, a agência cancelou o registro de um outro spray nasal israelense, Taffix, fabricado pela Nasupharma. Segundo a Anvisa, o produto deveria funcionar como um bloqueador de vírus dentro da cavidade nasal e seria eficaz no bloqueio de vários vírus respiratórios, incluindo o Sars-CoV-2. No entanto, não foram apresentados estudos clínicos que comprovassem a eficácia.
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