Não há provas de 'rixa antiga' entre petista assassinado e bolsonarista
Ainda não há indícios suficientes que possam confirmar que havia uma "rixa antiga" entre o dirigente petista Marcelo Aloizio de Arruda, assassinado no domingo (10) em Foz do Iguaçu (PR), e o autor do crime, Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL). É o que afirma um vídeo que já soma mais de 32 mil visualizações e 1,4 mil compartilhamentos no Facebook. Ainda segundo a publicação, os dois eram conhecidos e tinham conflito antigo. A declaração é insustentável.
Ex-tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Arruda foi candidato a vice-prefeito pelo partido em 2020. Ele estava comemorando o seu aniversário de 50 anos no último sábado (9) em uma festa que tinha como tema o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando Guaranho invadiu o evento gritando: "Aqui é Bolsonaro!".
Após uma discussão, o policial penal foi embora, mas voltou e atirou contra Marcelo, que revidou. O petista morreu na madrugada de domingo (10), e Guaranho está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Ao UOL, no dia seguinte à morte do aniversariante, a mãe de Guaranho, Dalvalice Rosa, disse que o filho e Arruda não se conheciam. "Estamos sem chão. O que aconteceu tem a ver com extremismo e intolerância política. Eles não se conheciam, e nada mais explica essa tragédia", comentou. Os convidados da festa também pontuaram que não havia relação anterior entre os envolvidos no caso.
Para o Metrópoles, a policial civil Pâmela Suelen Silva, viúva de Arruda, disse que o marido não conhecia Guaranho. "Eles não se conheciam. A gente não sabe quem é essa pessoa. Eu só sei que ele é um louco e que acabou com a nossa família. É isso que eu sei", afirmou.
Em entrevista ao Estúdio I, da TV Globo, o secretário de segurança do Paraná, Wagner Mesquita, afirma que ainda não há confirmação da relação entre os dois.
"Não existe até o momento nenhuma informação, nenhum dado sequer de que os dois tenham tido algum contato anterior e o que se tem até o momento é que realmente a coisa aconteceu da forma naquele momento, daquela forma como as imagens mostram", afirma o secretário.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná diz que espera concluir o inquérito até a próxima terça-feira (19). Na quarta-feira (13), o órgão informou que 14 pessoas haviam sido ouvidas, entre testemunhas que estavam no local dos fatos e familiares do guarda municipal e do policial penal federal.
A informação também foi checada pelo Aos Fatos.
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