Em teste do TSE, nenhum ataque foi capaz de hackear urnas
Nenhum ataque capaz de alterar o resultado das urnas foi identificado no TPS (Teste Público de Segurança (TPS), concluído em maio deste ano pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O teste é realizado um ano antes das eleições — nesta edição começou em novembro de 2021.
Na primeira fase, realizada entre os dias 22 e 27 de novembro, 26 investigadores participaram do teste que contou com 29 tentativas de 'hackear' as urnas, mas para isso, eles tiveram acesso ao código-fonte do sistema da urna eletrônica.
Na ocasião, foram identificados cinco planos de ataques considerados bem-sucedidos. Os participantes foram chamados novamente em maio de 2022 para confirmação do teste de segurança, depois de melhorias feitas pelo TSE.
O relatório da comissão avaliadora do TPS concluiu que não foram identificadas vulnerabilidades. Nenhum dos investigadores conseguiu violar a integridade ou sigilo do voto. Segundo o TSE, esta foi a maior edição do TPS já feita com número recorde de inscritos. Podem participar do teste de segurança qualquer pessoa com mais de 18 anos que cumpra os requisitos do edital.
Entre os planos de ataque considerados bem-sucedidos, o que mais chamou atenção no teste foi conduzido por uma equipe da PF, que conseguiu ultrapassar a barreira de segurança da rede de transmissão e acessar a rede do TSE. O ataque, porém, não conseguiu adulterar informações ou chegar ao sistema de votação. Na fase de confirmação, em maio, as tentativas de ataque foram repetidas, sem êxito.
A comissão avaliadora é formada por representantes do TSE, do MPF, do Congresso Nacional, da Polícia Federal, do Tribunal de Contas da União, da Sociedade Brasileira de Computação e da comunidade acadêmica.
O TPS acontece desde 2009 e passou a ser obrigatório em 2016. Desde então, ele é realizado, preferencialmente, no ano anterior à eleição para que falhas apontadas possam ser corrigidas a tempo do pleito.
Funcionamento da urna
A urna eletrônica foi projetada para ser um dispositivo isolado, ou seja, ela não está ligada à internet, a bluetooth ou a nenhum tipo de rede. O software da urna é um sistema Linux desenvolvido pelo próprio TSE e que não possui mecanismos de conexão à rede.
As urnas eletrônicas possuem mais de 30 camadas de segurança e mais de dez tipos de auditorias, segundo o TSE. O TPS é uma delas. Em uso desde 1996, nunca houve comprovação de fraude eleitoral por violação das urnas eletrônicas.
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