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É falso que Barroso tenha decretado o fim da propriedade privada

1.nov.2022 - Barroso, do STF, não decretou o fim da propriedade privada - Arte/UOL sobre Reprodução/Facebook
1.nov.2022 - Barroso, do STF, não decretou o fim da propriedade privada Imagem: Arte/UOL sobre Reprodução/Facebook

Pedro Vilas Boas

Colaboração para o UOL

01/11/2022 15h19Atualizada em 01/11/2022 16h36

São falsas as publicações compartilhadas nas redes sociais que afirmam que o ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), decretou o fim da propriedade privada.

O que dizem os posts? Uma publicação no Twitter diz o seguinte na descrição: "Fim da propriedade privada. Parabéns ao envolvidos. Lá em Angra tem umas muito legais!".

"STF decreta o fim da propriedade privada no Brasil (apenas um dia depois da eleição)", diz outra postagem enganosa, no Facebook. "Eles estão vindo com tudo. Dessa vez estão com muito mais método. Alguém tem casa alugada, ou então um sítio ou uma fazenda que possa ser invadida? Se for necessário entrar com uma reintegração de posse, prepare-se para perder", completa.

Outra publicação, no Instagram, diz o seguinte: "O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, decidiu, de maneira inédita no Brasil, que as reintegrações de posse deverão que ser "humanizadas". A decisão atende a um pedido dos partidos Rede, PT, PSOL e movimentos sociais como o MTST, que pediram o fim da propriedade privada".

O que disse Barroso. Como noticiou a Folha de S.Paulo, na verdade, o ministro determinou ontem (31), aos tribunais que tratam de casos de reintegração de posse, a instalação de comissões para mediar eventuais despejos e desocupações.

A decisão do ministro do STF foi tomada na ação em que ele havia prorrogado a suspensão de despejos e desocupações devido à pandemia até o dia 31 de outubro deste ano —após o fim do período eleitoral. Desta vez, Barroso não prorrogou a medida, mas criou um regime de transição para ser adotado após quase um ano e meio de proibição das desocupações.

Alcance. A publicação enganosa no Instagram registra 1,5 mil comentários e 4,3 mil curtidas. Já a postagem no Twitter aparece com 295 retuítes, 10 tuítes com comentário e 1.210 curtidas. No Facebook, o post tem 13 compartilhamentos, 11 reações e 3 comentários.

O UOL Confere considera como falso os conteúdos que não têm amparo em fatos e podem ser desmentidos de forma objetiva.

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