Prefeitura de Fortaleza não divulgou cartilha sobre 'masturbação infantil'
É falsa a informação que voltou a circular nas redes sociais nos últimos dias sobre a Secretaria de Educação de Fortaleza divulgar uma cartilha em que incentiva o uso da "masturbação infantil" para acalmar alunos em sala de aula.
As imagens que aparecem no vídeo falso citam uma prática que ocorria nos séculos XV e XVI, e não servem como orientação para os professores.
O UOL Confere aplica o selo falso a conteúdos que não têm amparo em fatos e podem ser desmentidos de forma objetiva.
O que diz o vídeo? Na gravação, uma mulher diz que a Secretaria Municipal de Educação está "investindo pesado no treinamento e capacitação de professores e funcionários de creche". "Isso seria ótimo se o tipo de material pedagógico não afirmasse que é muito natural abraços, carícias e masturbação infantil para acalmar as crianças".
Numa montagem publicada no Instagram na quarta-feira (8), ainda aparece a mensagem: "Masturbação infantil para acalmar as crianças nas Creches do Ceará com aval da Sec. de Educação. ADVINHA (sic) DE QUE PARTIDO É O GOVERNADOR???!!! PT, dúvidas?".
A assessoria de imprensa da Secretaria de Educação de Fortaleza afirmou ao UOL Confere que o vídeo começou a circular em 2019 e que a informação é falsa. A secretaria ainda informou que um inquérito foi aberto pela Polícia Civil do Ceará, a pedido da pasta. A investigação segue em andamento.
Não há produção e distribuição de qualquer material pedagógico sobre sexualidade infantil para as unidades de educação infantil do Município. O tema não faz parte das diretrizes curriculares da educação infantil de Fortaleza Nota da Secretaria de Educação
Os slides que aparecem no vídeo falso são de uma apresentação organizada pela educadora Elisabete Cabral para formadores de professores da prefeitura de Fortaleza. Os trechos destacados pela youtuber são, na verdade, apenas uma parte de um estudo sobre a perspectiva histórica da sexualidade na infância, que cita o que ocorria nos séculos XV e XVI.
Este conteúdo já havia sido checado em 2019 por Aos Fatos, Fato ou Fake e Estadão Verifica.
Este conteúdo foi enviado por leitores do UOL Confere pelo WhatsApp (11) 97684-6049. Sugestões de checagem também podem ser feitas pelo email uolconfere@uol.com.br.
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