Lula não foi o primeiro presidente alvo de moção de repúdio na Câmara
É falso que Lula (PT) tenha sido o primeiro presidente do Brasil a ser alvo de uma moção de repúdio aprovada na Câmara dos Deputados, como afirma post compartilhado nas redes sociais.
Bolsonaro (PL) também foi alvo da mesma manifestação em 2019.
O que diz o post?
"Câmara aprova repúdio a Lula. É o 1º da história a um presidente", afirma falsamente um texto abaixo de uma foto de Lula.
"Motivo é o deboche à operação Sequaz, a qual evitou o assassinato de Moro e seus familiares", completa o post, em referência verdadeira à fala de Lula sobre a operação. "É visível que é uma armação de Moro", disse o presidente (veja aqui).
Por que o post é falso?
A manifestação não é inédita. A Comissão de Cultura da Câmara aprovou uma moção de repúdio contra Bolsonaro em 2 de outubro de 2019 (aqui).
O primeiro requerimento de moção de repúdio desde 2001 foi apresentado em 2011 contra a presidente Dilma Rousseff (PT), segundo o Sistema de Informação Legislativa da Câmara. O pedido foi arquivado. Das 23 moções votadas desde então, a primeira aprovada foi contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O UOL Confere aplica o selo falso a conteúdos que não têm amparo em fatos e podem ser desmentidos de forma objetiva.
As moções contra Lula e Bolsonaro
Motivo contra Bolsonaro: desqualificação de lideranças indígenas. Em sua fala na 74ª Assembleia Geral da ONU, o então presidente afirmou que lideranças indígenas seriam "peça de manobra" de governos estrangeiros e declarou que incêndios na Amazônia faziam parte da cultura (leia a íntegra aqui).
Motivo contra Lula: falta de decoro. A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou a moção contra o atual presidente em 28 de março (aqui). O presidente sugeriu uma suposta "armação" de Sérgio Moro (União Brasil-PR) na deflagração da operação Sequaz da PF, que desarticulou planos do PCC para matar o senador (aqui).
Viralização. A publicação no Instagram, de 29 de março, acumulou 1.532 curtidas e 87 comentários.
O conteúdo também foi checado por Reuters.
Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.
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