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Vídeo antigo de protesto golpista no STM circula como se fosse atual

23.jun.2023 - Vídeo de manifestação em frente ao STM circula pelo menos desde 10 de dezembro de 2022 - Arte/UOL sobre Reprodução/Facebook
23.jun.2023 - Vídeo de manifestação em frente ao STM circula pelo menos desde 10 de dezembro de 2022 Imagem: Arte/UOL sobre Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

23/06/2023 17h56

Um vídeo que mostra uma manifestação golpista em frente ao STM (Superior Tribunal Militar) não aconteceu em 19 de junho, como dizem publicações que circulam nas redes.

É possível encontrar o mesmo vídeo publicado há seis meses, em 10 de dezembro de 2022, no Youtube.

O que diz o post

"S.T.M 19/06/23. Segue pfv [sigla de por favor]?", aparece sobreposto ao vídeo de um anônimo que mostra uma manifestação golpista em frente ao Supremo Tribunal Militar.

"Gente, dá uma olhada no que está acontecendo. Aqui, ó, em frente ao Supremo Tribunal Militar, de mãos dadas. Dá uma olhada nisso, gente. Aqui é o lugar que eles se reuniram para pedir a prisão do Alexandre de Moraes. Olha aqui, o que aconteceu é que o povo veio colocar pressão no Supremo Tribunal Militar, já que o Supremo Tribunal Federal, aparentemente, está corrompido. Estamos clamando agora pelo Supremo Tribunal Militar para que eles façam os deveres deles", diz o autor da publicação que mostra as pessoas de verde e amarelo em frente ao prédio do STM.

Por que é distorcido

Vídeo circula pelo menos desde 10 de dezembro de 2022. Procurando por "manifestantes em frente ao stm" no Google, é possível encontrar o mesmo vídeo, publicado no YouTube há seis meses, pelo canal "Movimento Conservador" (aqui).

A mesma busca revela matéria de 9 de dezembro do Metrópoles sobre o protesto (aqui).

Na data, manifestantes golpistas se reuniram para protestar contra o resultado das eleições presidenciais e pedir pela prisão do presidente do TSE e ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Não foram encontrados registros de que uma nova manifestação tenha acontecido perto do prédio do STM nesta semana. A reportagem procurou nos principais veículos de comunicação: UOL, Folha, Estadão, g1, O Globo, Metrópoles e CNN, mas não encontrou nenhum resultado.

O UOL Confere considera como distorcido conteúdos que usam informações verdadeiras em contexto diferente do original, alterando seu significado de modo a enganar e confundir quem os recebe.

Viralização. Compartilhado no Facebook em 20 de junho, o conteúdo, até a tarde de hoje (23), soma 39 mil visualizações, 3,6 mil curtidas e 727 comentários.

O conteúdo também foi checado pela Agência Lupa, Aos Fatos e Reuters.

Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.

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