Vídeo mostra protesto no Bahrein em 2012, não ataque a embaixada pelo Hamas

É falso que um vídeo mostre a embaixada de Israel no Bahrein sendo incendiada pelo grupo extremista islâmico Hamas.

As imagens compartilhadas pelas peças de desinformação retratam uma manifestação que ocorreu em 2012, em frente à delegacia de polícia localizada ao sul da capital do Bahrein, onde os manifestantes exigiam a libertação do líder da oposição xiita, Hassan Mushaima, que havia sido detido no ano anterior.

O que diz o post?

Por que é distorcido?

A ação foi liderada por um grupo de oposição à dinastia Al-Khalifa como resposta ao agravamento do estado de saúde de Mushaima, condenado à prisão perpétua em 2011 por uma suposta tentativa de tomada do poder durante os protestos que ficaram conhecidos como Primavera Árabe.

O protesto aconteceu nos fundos do prédio da delegacia de polícia, como mostra o vídeo do post. Uma busca por imagens identificou poucas fotografias do prédio. Porém, uma delas mostra a frente do prédio no qual é possível identificar semelhanças com os fundos do edifício. Uma análise de imagens de satélite (veja abaixo) também reforça que se trata do prédio da delegacia de polícia.

24.out.2023 - Fundos do prédio (foto superior à esquerda), onde aconteceu protesto, se assemelha à frente do edifício (canto direito). Na imagem de satélite é possível ver ver que as duas fachadas se assemelham
24.out.2023 - Fundos do prédio (foto superior à esquerda), onde aconteceu protesto, se assemelha à frente do edifício (canto direito). Na imagem de satélite é possível ver ver que as duas fachadas se assemelham Imagem: Arte/UOL sobre Reprodução/Instagram e Google Maps
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Vídeo foi publicado no YouTube em dezembro de 2012. A legenda de um vídeo afirma que os ataques à delegacia teriam acontecido no dia 3 de novembro daquele ano e o título é: "Bahrein: Delegacia de polícia encurralada e queimada - Sitra".

Viralização. Compartilhado no Instagram em 20 de outubro, o conteúdo somou, até a tarde de hoje (23), 946 curtidas e 121 comentários.

A desinformação já foi checada pela agência indiana The Quint e pelo Aos Fatos.

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