É falso que vazou vídeo 'apagado por Dino' sobre 8 de janeiro
Não é verdade que um vídeo que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, "mandou apagar" tenha vazado nas redes sociais. Imagens do post foram gravadas por terceiros e divulgadas pela imprensa e estão disponíveis na internet.
Não são, portanto, parte das imagens das câmeras de segurança que foram apagadas.
O que diz o post
Vídeo que mostra a ação do Exército e de policiais durante a invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023 é compartilhada com a seguinte legenda sobreposta: "taí vídeo que Dino mandou apagar"
Por que é falso
As imagens usadas no post desinformativo possuem a logo do portal Metrópoles e estão disponíveis no site do portal (veja aqui), em matéria com o título "coronel do Exército tenta impedir PM de prender vândalos no Planalto". A matéria foi publicada no dia 9 de janeiro de 2023.
As mesmas imagens também foram divulgadas pelo UOL. Veja abaixo:
Imagens que foram perdidas são gravações das câmeras de segurança que não faziam parte do inquérito policial.
Ao UOL Confere, o Ministério da Justiça e Segurança Pública disse que o "o ministro Flávio Dino jamais ordenou apagamento de imagens do 8 de janeiro, ou de qualquer outra data". O ministério afirma ainda que o vídeo usado nos posts desinformativos foi gravado por policiais militares do Distrito Federal no Palácio do Planalto.
O MJSP lamenta a campanha orquestrada por setores extremistas, com disseminação intensa de mensagens falsas e criminosas, com o intuito de manchar o trabalho realizado pelos integrantes deste Ministério. Ministério da Justiça e Segurança Pública
Imagens apagadas
Na CPMI do 8 de janeiro, parlamentares solicitaram que o Ministério da Justiça disponibilizasse as imagens de câmeras de segurança da sede do Palácio da Justiça no dia da invasão dos golpistas (veja aqui e aqui);
Após decisão do ministro Alexandre de Moraes autorizando que o Ministério da Justiça compartilhasse as imagens (veja aqui), parlamentares argumentaram que o material estava incompleto (leia aqui);
Em ofício enviado à CPMI, o Ministério da Justiça disse que foram preservados apenas os vídeos incluídos como provas no inquérito da Polícia Federal, e que as demais imagens foram apagadas após 30 dias, como prevê o contrato com a empresa terceirizada responsável pelas imagens das câmeras de segurança (leia aqui). O ministro também falou sobre isso em uma coletiva de imprensa (veja aqui).
A ministra Regina Helena, do STJ, negou uma liminar solicitada pelos parlamentares para obrigar o Ministério da Justiça a fornecer todo o material gravado pelas câmeras de segurança do Ministério entre os dias 7 de 9 de janeiro (veja aqui). Para a ministra, não ficou demonstrada deliberada omissão do ministro Flávio Dino no fornecimento das imagens (veja aqui o processo).
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