Cresce quase 40% o número de domicílios com computador e internet, diz IBGE
Hanrrikson de Andrade
Do UOL, no Rio
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A incidência de microcomputadores com acesso à internet nos domicílios brasileiros aumentou quase 40% entre 2009 e 2011, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (21) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). A presença do computador sem a opção de acesso à rede mundial também cresceu: 29,5% no mesmo período. De acordo com o estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o consumo de telefones celulares (26,7%) foi o terceiro item que mais apresentou elevação.
Por outro lado, o único a cair na Pnad, em comparação com os dados de 2009, foi o aparelho radiofônico (redução de 0,6%). De acordo com o IBGE, esse índice pode ser explicado pela questão da convergência midiática --muitas pessoas ouvem rádio pelo celular, por exemplo.
O acesso e a navegação na internet também vêm aumentando entre os brasileiros. Em 2011, cerca de 77,7 milhões de pessoas de dez ou mais anos de idade declararam ter usado a rede mundial no período de três meses anteriores ao dia no qual responderam a pesquisa. Tal índice representa um aumento de quase 15% em relação ao Pnad 2009.
De acordo com o IBGE, os usuários de internet correspondem a 46,5% da população de dez ou mais anos de idade. Entre as regiões, o Centro-Oeste foi a que mais se destacou nos últimos dois anos, com um aumento de 17,2% no número de usuários (praticamente um milhão de pessoas).
Em um total de 61,3 milhões de domicílios, 89,9% contavam com algum tipo de telefone, dos quais 49,7% tinham apenas o celular e 3,5% somente o telefone fixo --o Pnad 2011 mostra que, paralelamente ao crescimento da telefonia móvel, muitos brasileiros abdicaram da linha fixa.
Mais de 36% declararam ter ambos, e 10,1% afirmaram não ter telefone de tipo algum.
Os maiores percentuais de pessoas que tinham telefone celular para uso pessoal estavam nos grupos etários entre 20 e 39 anos, justamente os que representam a maior parte da força de trabalho.
No entanto, os maiores aumentos percentuais de 2009 para 2011 ocorreram nos grupos etários de 15 a 19 anos de idade.
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