Pnad 2011

Brasileiro conquista o sonho da casa própria e hoje 70% das residências estão quitadas

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

  • Rodrigo Bozzi/UOL

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados nesta sexta-feira (21), mostram que 45,8 milhões de domicílios particulares permanentes no país são próprios, dos quais a maioria já quitado. Nos últimos dois anos, quase três milhões de brasileiros atingiram o sonho da casa própria. 

A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que cerca de 70% dos domicílios próprios (43 milhões) já foram pagos, e 4,7% (2,9 milhões) estão em processo de aquisição. Os alugados representam 17,3% (10,6 milhões), os cedidos 7,5% (4,6 milhões) e os que tinham outra forma de ocupação, 0,5% (297 mil unidades).

Infográficos Pnad 2011

  • Arte/UOL

    O perfil dos domicílios

  • Arte/UOL

    O perfil das regiões brasileiras

Segundo o IBGE, o número total de residências no país é de 61,3 milhões, o que representa um crescimento de 4,7% em relação à Pnad 2009. As regiões Centro-Oeste (6,9%) e Nordeste (5,6%) apresentaram crescimento do número de domicílios superiores à média, e a região Sul (3,8%) apresentou o menor crescimento.

O Norte concentra ainda a maior proporção de domicílios próprios: 78,5%. A menor incidência ocorre no Centro-Oeste, que tem 65,6% --de acordo com os responsáveis pela pesquisa, esse índice é puxado pela capital federal. Dos quase três milhões de brasileiros que conseguiram a casa própria nos últimos dois anos, 1,2 milhão estava no Sudeste.

O Pnad 2011 mostra que 51,8 milhões de domicílios brasileiros são atendidos por redes de abastecimento de água, o que corresponde a 84,6% do total de unidades investigadas. Em relação ao estudo feito em 2009, houve um crescimento de 0,3 ponto percentual --mais de dois milhões de residências passaram a contar com esse tipo de serviço.

SERVIÇOS

  • 84,6%

    têm água

     

  • 62,6%

    têm coleta de esgoto

     

  • 88,8%

    têm coleta de lixo

     

  • 99,3%

    têm luz elétrica

     

Na região Sudeste, mais de 90% dos domicílios são atendidos por redes de abastecimento de água. O Norte, por sua vez, apenas 55,9% têm acesso ao serviço. Apesar de o Pnad indicar ritmo de crescimento a nível nacional, Sudeste e Norte apresentaram recuo na proporção de domicílios atendidos (-1,3% e -0,9%, respectivamente).

Quanto ao serviço de esgotamento sanitário, o percentual de domicílios atendidos passou de 59,1%, em 2009, para 62,6%, em 2011. Nos últimos dois anos, 3,8 milhões de residências passaram a contar com rede coletora. O grande destaque foi o aumento de 63,8% na Região Norte (de 547 para 896 mil unidades), cuja proporção passou de 12,9% para 20,2%, nesse período.

Em comparação com o estudo feito em 2009, também foi observado crescimento no número de domicílios atendidos por serviço de coleta de lixo. Em termos absolutos, passou de 51,8 para 54,4 milhões de unidades atendidas no país, de 2009 para 2011, alcançando 88,8% das residências.

O Pnad 2011 também confirma, segundo o IBGE, uma tendência verificada em anos anteriores em relação ao fornecimento de energia elétrica. De acordo com a última amostra, mais de 99% dos domicílios brasileiros contam com esse tipo de serviço.

DOMICÍLIOS

  • 12,7%

    com 1 morador

     

  • 23,9%

    com 2 moradores

     

  • 25,7%

    com 3 moradores

     

  • 21%

    com 4 moradores

     

  • 9,7%

    com 5 moradores

     

Houve expansão em todas as regiões, variando de 4%, no Sul a 7% no Centro-Oeste. Proporcionalmente, o Nordeste aumentou sua participação em 1,2 ponto percentual (de 97,6% para 98,8%), e o Norte em um ponto percentual (de 95,2% para 96,2%).

Média de moradores

Segundo o IBGE, a densidade domiciliar brasileira apresenta uma leve queda nos últimos dois anos: de 3,3 para 3,2 moradores em média, por domicílio.

A proporção de residências com quatro ou mais moradores reduziu de 40,4% para 37,7% (533 mil unidades); enquanto aqueles com até três moradores passou de 59,6% para 62,3% --o que representa mais de 3,3 milhões de domicílios.

A variação do número de residências, segundo a quantidade de moradores, foi mais expressiva naqueles com apenas um morador. Entre 2009 e 2011, esse índice passou de 7,0 para 7,8 milhões.

Regionalmente, o Centro-Oeste apresentou, em 2011, o maior percentual de domicílios com apenas um morador (13,8%), dois pontos percentuais acima do obtido em 2009. Há três anos, o Sudeste foi a região que apresentou a maior proporção: 13,1%.

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