Topo

Polícia gaúcha busca na mata possível oitavo assaltante de fábrica de joias; parte do grupo fugiu

O grupo utilizou explosivos para arrombar a fábrica - Sergio de Oliveira/Correio do Povo/AFP
O grupo utilizou explosivos para arrombar a fábrica Imagem: Sergio de Oliveira/Correio do Povo/AFP

Fábio Luís de Paula

Do UOL, em São Paulo

03/01/2013 09h34Atualizada em 03/01/2013 11h24

A Brigada Militar da Serra Gaúcha busca nesta quinta-feira (3) um possível oitavo integrante do bando que assaltou uma fábrica de joias no último final de semana em Cotiporã (169 km de Porto Alegre).

De acordo com a capitã Helena Santana, da Brigada Militar de Cotiporã, uma moradora disse ter visto hoje novamente um homem andando embaixo de um parreiral de uma propriedade próxima ao local onde os bandidos entraram em confronto com a polícia no domingo (30). O bandido estaria escondido no mato.

"Trabalhamos com a possibilidade de um oitavo homem, pois nas filmagens não tínhamos certeza se eram sete homens", disse ela.

Quatro dos suspeitos do assalto, cuja última ação foi uma fuga em direção à capital do Estado, continuam sendo procurados pela polícia. A Brigada Militar monitora a movimentação do grupo, que deve estar pela região metropolitana de Porto Alegre. Cerca de 50 policias estariam no encalço dos assaltantes.

Fotos e informações sobre os quatro foragidos já foram divulgadas. São eles Luciano da Silveira, 34, 1,76 m; Dejair Jorge Santos dos Reis, 39, 1,82 m; Carlos José Machado dos Santos, 40, 1,72 m; e Carlos da Silva, 35 e 1,80 m.

Escapada pelo rio

Na madrugada de quarta (2), o bando escapou de cerco da polícia após atravessar o rio das Antas a nado e andar pelo meio do mato. Eles entraram em uma residência em busca de armas e renderam uma família na localidade de Linha Ferri, município vizinho de Bento Gonçalves, e fizeram mais reféns até serem resgatados por comparsas, de acordo com a polícia.

Conforme relato das vítimas, os bandidos estavam sujos, armados e com sacos de dinheiro. Depois de jantarem, deram R$ 50 aos moradores como pagamento.

A quadrilha deixou o local levando o agricultor Ari Casanova (cuja idade não foi informada) a bordo de dois carros, um Escort e um Chevette da família, até serem resgatados em um Nissan Tiida vermelho, com placas DDU-8446, de Sapucaia do Sul (RS). Mais adiante libertaram a vítima.

"Essa fuga ajuda bastante. Eles se expuseram de novo. Cada movimento contribui muito para a elucidação", afirmou o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio Abreu.

Na segunda (31) os policiais encontraram dois celulares e duas toucas ninja no meio da mata no Morro do Céu, local onde os reféns foram encontrados. O material foi encaminhado à perícia.

Assalto e reféns

Na madrugada do dia 30 de dezembro, o grupo utilizou dinamite para explodir portas e cofres da fábrica de joias Guindani, na região central de Coriporã. Na fuga, sete reféns foram levados.

Cinco reféns foram libertados durante troca de tiros com a polícia, quando morreram os bandidos Elisandro Rodrigo Falcão, 31 (líder do bando e procurado número um da polícia gaúcha), Paulo César da Silva e Sérgio Ritter. Dois policiais ficaram feridos.

Após o tiroteio, cinco assaltantes fugiram e levaram duas reféns. Posteriormente, renderam sete pessoas da mesma família em um sítio da região. Os nove reféns foram abandonados na mata o dia todo e depois procuraram socorro.

Na terça (1º), o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), visitou as vítimas em Cotiporã e prometeu dar todo auxílio às famílias.