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Santa Catarina aceita apoio do governo federal para combater onda de ataques

Em Florianópolis (SC), ônibus são escoltados por policiais para evitar ataques criminosos nesta quarta-feira (13). O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador do Estado, Raimundo Colombo, se reuniram hoje para discutir a participação da União no enfrentamento da onda de violência - Anderson Pinheiro/Futura Press
Em Florianópolis (SC), ônibus são escoltados por policiais para evitar ataques criminosos nesta quarta-feira (13). O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador do Estado, Raimundo Colombo, se reuniram hoje para discutir a participação da União no enfrentamento da onda de violência Imagem: Anderson Pinheiro/Futura Press

Renan Antunes de Oliveira

Do UOL, em Florianópolis

13/02/2013 22h36

O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e o governador de Santa Catarina Raimundo Colombo se reuniram na noite desta quarta-feira (13), em Florianópolis, para discutir a participação da União no enfrentamento da onda de violência que atingiu 30 cidades em 15 dias, com 97 incidentes - entre eles um ataque a sede do governo na última segunda-feira (11) e, na tarde desta quarta, tiros disparados contra um helicóptero da polícia.

Segundo nota da Secretaria de Comunicação do Estado (Secom), Colombo e Cardozo discutiram as ações para a transferência de presos que integram facções criminosas, que atuam dentro do sistema prisional, para unidades de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Os presídios federais estão localizados em municípios do Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Paraná, Distrito Federal e Rondônia.

À tarde, antes da reunião, a assessoria do governador ainda negava a possibilidade do governo estadual pedir auxílio ao federal.

Segundo a nota da noite, os dois também "discutiram detalhes da vinda da Força Nacional de Segurança para Santa Catarina", coisa que o governador ainda estaria relutante em aceitar.

Conforme a assessoria do governador, desde a reunião realizada na semana passada, em Brasília, ele e o ministro conversam diariamente por telefone para troca de informações de inteligência da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, ABIN, Polícia Militar, Polícia Civil e Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania.

A secretaria de Segurança sustenta que os ataques são comandados de dentro dos presídios por líderes de facções criminosas em bsuca de regalias. A maior delas é o PGC (Primeiro Grupo Catarinense). A secretária Ada de Luca, de Justiça e Cidadania, que controla os presídios, sustenta que o problema está nas ruas, "já que dentro dos presídios não há rebeliões".

Segundo a Secom SC, o ministro disse que "os governos federal e de Santa Catarina estão trabalhando em absoluta parceria”.

Por questão de segurança, as autoridades não vão divulgar detalhes de nomes dos detentos, nem data das transferências.

A Diretoria de Informação e Inteligência da Secretaria de Segurança apresentou ao ministro dados diferentes daqueles que a PM divulga aos catarinenses.

Das 97 ocorrências registradas em 30 cidades, supostamente 27 seriam apenas atos de vandalismo. Dentro deste critério, apenas 27 municípios teriam sido afetados nesta segunda onda de violência.

A primeira onda ocorreu em novembro de 2012. Durante sete dias foram 58 incidentes em 16 cidades. A violência parou depois que o governo afastou do cargo o diretor do presídio de São Pedro, acusado pelos presos de tortura - um inquérito foi aberto e ainda não terminou.

Mapa de ataques em Santa Catarina

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