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Agentes da Força Nacional de Segurança chegam a Florianópolis

Renan Antunes de Oliveira

Do UOL, em Florianópolis

15/02/2013 16h07

Agentes da FNSP (Força Nacional de Segurança Pública) chegaram à base aérea da Aeronáutica de Florianópolis, às 15h, desta sexta-feira (15), para ajudar o governo catarinense no combate ao crime organizado. De dentro das prisões, líderes do PGC (Primeiro Grupo Catarinense) ordenaram pelo menos cem ataques, em 30 cidades, em 17 dias.

As autoridades mantém o número de agentes e suas tarefas em sigilo. A Secretaria Estadual de Segurança deve divulgar um comunicado às 17h de hoje. Militares da base aérea confidenciaram aos repórteres que o primeiro avião teria trazido 140 agentes, de um total esperado de 350.

Até esta sexta-feira (15), o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), informava que só tinha pedido a transferência dos líderes da facção presídios federais. Ele teria, inicialmente, recusando a oferta do uso de tropas de fora do Estado no policiamento ostensivo.

Força Nacional começa a atuar em Santa Catarina

A onda de violência tem como principais alvos ônibus e instalações policiais. Por conta disso, o transporte público na capital está parcialmente paralisado. O sindicato dos condutores exigiu escolta, mas as forças de segurança locais não podem cobrir toda malha.

Ao todo, 64 ônibus já foram atacados em todo Estado, nas duas ondas de violência --37 veículos neste ano, desde 30 de janeiro, e 27, entre 12 e 18 de novembro, na primeira onda de ataques, que teriam ligação. O PGC, que age dentro e fora dos presídios de Santa Catarina, teria ordenado os ataques.

Na quinta-feira (14), a rede estadual suspendeu as aulas por conta da falta de transporte público.

Os membros da FNSP se reuniram com PMs e policiais civis na Academia da PM, no bairro da Trindade.

Na quinta-feira (14) à noite, a secretária estadual de Justiça e Cidadania, Ada de Luca, antecipou a chegada da tropa em comunicado aos vereadores, durante reunião fechada na Câmara de Florianópolis.

A FNS teria atuação inicialmente na revista dos presídios onde estão os líderes da facção criminosa PGC e na remoção deles para presídios em Rondônia e Mato Grosso do Sul. A secretária de Justiça, no entanto, não descarta que presos reajam às medidas com rebeliões.

Mapa de ataques em Santa Catarina

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