Polícia de Santa Catarina prende mulher que atacou base da PM para agradar o PGC
A Polícia Militar de Santa Catarina anunciou nesta sexta-feira (22) que prendeu quatro pessoas, acusadas de atacar uma base da corporação em Lages (213 km de Florianópolis), na madrugada de quarta (20). Uma mulher assumiu a autoria do ataque. Segundo a Polícia Civil, ela confessou que a ação foi uma tentativa dela de "fazer média com o PGC" (Primeiro Grupo Catarinense), facção responsável pela onda de violência no Estado.
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O companheiro dela, Aparecido dos Santos, acusado pelas autoridades de ser um dos líderes do PGC, foi preso nessa quinta (21), em Gaspar, acusado de iniciar a onda de ataques, em 30 de janeiro.
O Centro de Comunicação Social da PM reconheceu erros nas informações sobre o ataque à base de Lages, até então considerado apenas ato de vandalismo. A confissão da mulher mudou o rumo das investigações.
O ataque à base foi o primeiro ataque em Lages, o que eleva para 112 incidentes em 37 cidades. O mesmo incidente já tinha sido computado e depois retirado do cômputo dos ataques, para agora entrar nele em definitivo. Assim, diminui para apenas dois dias a trégua na violência.
Nesta sexta, o Centro de Comunicação da PM relatou ainda que cinco incidentes estão sob investigação do Centro de Inteligência da corporação, que analisa uma possível relação com a onda de ataques, principalmente de um incidente com outra base da PM, em Jaguaruna, na praia do Camacho, nesta madrugada. Quatro outros incêndios de carros e caminhões também estão sendo analisados.
Ontem, o comandante da Força Nacional de Segurança Pública, tenente-coronel Alessandro Aragon, disse que a sua equipe vai ficar em Santa Catarina pelo tempo que precisar e com capacidade para aumentar seu efetivo, se necessário.
"Vamos manter o policiamento alerta até a cessação completa das atividades criminosas", disse a tenente-coronel PM Claudete Lemhkuhl.
Até agora a Força Nacional transferiu 40 líderes do PGC de seis cadeias de Santa Catarina para presídios federais de segurança máxima fora do Estado. Suas tropas ocupam os presídios de São Pedro, Joinville, Criciúma, Itajai e Blumenau.
No balanço do combate ao crime, a Polícia Civil informou que 201 pessoas foram detidas, 155 suspeitos foram presos e 45 menores apreendidos.
Na primeira onda de violência, em novembro, foram 63 ataques em 16 cidades.
As 37 cidades atingidas nesta segunda onda de ataques são: Lages, Rio Negrinho, Água Doce,Guaramirim, Balneário Rincão, Campos Novos, Florianópolis, Joinville, Itapoá, Chapecó, Navegantes, São José, Criciúma, Itajaí, Palhoça, Camboriú, São Francisco do Sul, Laguna, Araquari, Gaspar, Balneário Camboriú, Jaraguá do Sul, Maracajá, Ilhota, Tubarão, Indaial, Brusque, Blumenau, Garuva, Bom Retiro, São Bento do Sul, Rio do Sul, Porto União, São João Batista, São Miguel do Oeste, Içara e Imbituba.
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