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Rio terá mais um protesto contra aumento da tarifa de ônibus na quinta-feira

Do UOL, no Rio

11/06/2013 10h25

O movimento "Operação Pare o Aumento" marcou para quinta-feira (13), às 17h, na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, um novo protesto contra o aumento da tarifa de ônibus na capital fluminense para R$ 2,95. O reajuste entrou em vigor no dia 1º de junho.

O quarto ato organizado pelo grupo neste mês vai ocorrer três dias depois de uma passeata que terminou em confronto com a polícia, cenas de vandalismo e 31 manifestantes detidos. Na página do movimento no Facebook, mais de 3.600 pessoas confirmaram presença até a manhã desta terça-feira (11).

As 31 pessoas detidas foram liberadas ainda na noite de ontem, segundo o delegado da 5ª DP Antônio Bonfim. Dentre os detidos, havia nove menores, que foram entregues aos pais e responsáveis.

Apenas um manifestante foi autuado em flagrante, por dano ao patrimônio público. Sávio Dias Spanner, 18, pagou fiança de um salário mínimo (R$ 678) e vai responder pelo crime em liberdade.

De acordo com Bonfim, o protesto foi encerrado por volta das 20h30 e todos os envolvidos já haviam sido liberados às 23h40. Segundo ele, Spanner foi o único autuado em flagrante porque foi apontado pelos policiais militares que participaram da dispersão da manifestação como o autor da depredação de um veículo da PM.

31 são presos durante protesto contra tarifa de ônibus

"Os policiais contaram que ele arremessou uma pedra contra a motocicleta da polícia. Ele negou, mas os testemunhos dos PMs já foram suficientes", explicou.

O delegado disse que instaurou um inquérito para investigar a participação dos outros 21 detidos maiores de idade em crimes de dano ao patrimônio público, arremesso de artefato em via pública e desobediência. Outro procedimento foi instaurado para verificar a conduta dos nove menores de idade envolvidos na manifestação.

Protesto

O protesto mobilizou cerca de 300 pessoas e causou tumulto no centro da cidade, a partir das 17h30. O grupo se concentrou nas escadarias da Câmara Municipal, na Cinelândia, e seguiu dali pela rua Evaristo da Veiga rumo à avenida Presidente Antônio Carlos.

Quando os manifestantes chegaram na frente do Fórum, a PM interveio. Foram usadas bombas de efeito moral e balas de borracha. Os manifestantes atiraram pedras contra os policiais.

A confusão assustou comerciantes, que fecharam as portas de seus estabelecimentos, e pedestres que caminhavam pela região.