Protestos de caminhoneiros resultam em 27 presos e cinco mortos no país
A manifestação de caminhoneiros em rodovias de diversos Estados, que começou na segunda-feira (1º) e tinha previsão de acabar às 6h desta quinta-feira (4), resultou na morte de cinco pessoas em dois Estados. Além disso, 27 pessoas envolvidas em protestos foram presas, de acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Segundo balanço divulgado pela PRF na noite desta quinta-feira, entre os dias 1º e 3 de julho, manifestantes bloquearam 92 trechos de rodovias federais em 10 Estados.
A Bahia é o único Estado onde ainda há rodovia federal com interdições provocadas por caminhoneiros, mesmo terminado o prazo para o fim dos protestos. À tarde, após longa negociação, caminhoneiros encerraram protestos em três dos quatro trechos bloqueados da BR-116. Nos quilômetros 835, 900 e 910, o trânsito flui normalmente. Mas os manifestantes ocuparam outros dois pontos da rodovia. Neste momento, há interdições nos quilômetros 804, 778 e 759.
Cinco mortos em dois Estados
Pelo menos cinco pessoas morreram em circunstâncias envolvendo os protestos de caminhoneiros.
Na manhã desta quinta-feira, quatro pessoas morreram e seis ficaram feridas depois de um acidente em um dos trechos da BR-116, em Vitória da Conquista, a 517 km de Salvador. De acordo com a PRF, o motorista de uma van tentou desviar dos protestos por uma pista auxiliar, não conseguiu frear a tempo e colidiu contra um caminhão que estava parado no acostamento da rodovia.
Na noite da quarta-feira (3), no Rio Grande do Sul, um caminhoneiro foi morto após furar um bloqueio de grevistas, segundo a polícia. O caso ocorreu por volta das 20h50, no km 420 da BR-116, próximo a Camaquã, a 122 km de Porto Alegre. Renato Kranlow, 44, que seguia de Pelotas para Porto Alegre, estava sendo escoltado por policiais depois de ser agredido por manifestantes, quando foi atingido na garganta por um objeto arremessado contra o veículo. Ele morreu no local.
Prisões
Dos 27 detidos, cinco deles foram presos na cidade de Palmitos (SC), no km 139 da BR-158. De acordo com o relatório da PRF, o grupo cometeu ações criminosas contra caminhoneiros e causou danos ao patrimônio público e interrupção de rodovia mesmo havendo uma decisão judicial proibindo o ato. Eles teriam ameaçado caminhoneiros e incitado pessoas a jogarem pedras nos veículos de motoristas contrários ao protesto.
Em Minas Gerais, seis homens foram presos. Um teria jogado um objeto contra um veículo em movimento durante protesto em Nova Lima, no km 564 da BR-040. Em Ribeirão das Neves, no km 517 da mesma rodovia, outro foi preso por desacato à autoridade. Outros três foram presos por depredação de patrimônio particular e incitação a desordem. No mesmo local outros três foram detidos por depredação de patrimônio particular e incitação à desordem. Ainda na mesma cidade, outro homem foi preso por obstrução de rodovia e ameaça a terceiros.
No Rio de Janeiro, foram três presos na BR-116, em Barra Mansa, nos quilômetros 276 e 273. Um por desobediência, outro por desacato e um terceiro por crime contra o patrimônio.
No Rio Grande do Sul, quatro homens foram detidos. Um deles em Santa Maria, no km 345 da BR-392, por crime contra a paz pública. Ele teria sido flagrado com um tijolo nas mãos para jogar contra caminhões. Outro caso foi registrado em Júlio de Castilhos, no km 268 da BR 158, por desacato e lesão corporal. No km 427 da BR-116, em Cristal, um homem foi detido porte ilegal de arma branca e arremesso de pedra contra veículo de carga. Em Pelotas, no km 65 da BR-392, outro homem foi preso por dano qualificado, desacato e resistência.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.