"Parecia um terremoto", diz vizinho de prédio que desabou em SP
“Tremeu a casa inteira, parecia um terremoto”. Essa foi a impressão do comerciante Carlos Eduardo Carbone, 50, vizinho do prédio em construção que caiu na zona leste de São Paulo nesta terça-feira (27).
Um prédio de dois pavimentos desabou às 8h35 de hoje em São Mateus, na zona leste de São Paulo, e deixou ao menos seis mortos, 24 feridos e entre nove e dez vítimas soterradas, segundo o Corpo de Bombeiros.
O prédio que desabou por completo, do tipo comercial, estava em construção na avenida Mateo Bei, na altura do número 2600.
Ao menos 20 veículos dos bombeiros e 60 homens estão no local, além de dois cães farejadores e dois helicópteros da Polícia Militar. Unidades do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) permanecem no local fazendo o resgate das vítimas. Até as 12h10, o serviço tinha socorrido sete pessoas com ferimentos leves, escoriações e casos de média complexidade.
Dos feridos atendidos pelo Samu, três foram encaminhados ao Hospital Geral de Sapopemba, dois ao Hospital Geral de São Mateus e outros dois ao Hospital Municipal Dr. Carmino Caricchio (Tatuapé), segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) orienta aos motoristas que evitem a avenida Mateo Bei, próximo a rua Paulino Cursi, que está totalmente bloqueada em ambos sentidos.
Construção que desabou fica na zona leste de SP
Carbone conta que voltava para casa depois de deixar as filhas na escola quando ouviu um enorme estrondo que o fez sair da residência com medo.
“Pensei que um caminhão tivesse tombado. Sai de casa e vi uma cerração. Então vi que o prédio tinha caído”, conta.
O comerciante, que cresceu no bairro, afirma que o prédio em construção já estava em fase de acabamento, e que já estavam sendo instaladas máquinas de ar-condicionado. No entanto, segundo o morador, era comum os operários da obra reclamarem da falta de segurança da construção.
“[O prédio] foi construído em oito meses, muito rápido. Conversava com os peões e eles diziam que não tinha escora, reclamavam da falta de segurança”, disse.
Major do corpo de bombeiros fala sobre desabamento em SP
Ainda segundo Carbone, o terreno permaneceu vazio por quatro, cinco anos antes da obra e que depois de construído seria uma loja de departamentos.
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