Mascarado e outros quatro são detidos em protestos no 7 de Setembro no Rio
Pelo menos cinco pessoas foram detidas no protesto que acontece durante o desfile cívico de Sete de Setembro, no Centro do Rio de Janeiro. Duas delas foram conduzidas à delegacia por agressão a policiais militares, uma por desacato, uma porque portava um estilingue e outra, um professor da rede pública, para fazer identificação criminal porque estava mascarado.
Os cerca de 150 manifestantes estão reunidos na avenida Passos, perpendicular à avenida Presidente Vargas, por onde passa o desfile das Forças Armadas. Às 8h, quando havia aproximadamente 50 pessoas no local, uma barreira formada por PMs isolou o grupo na avenida Passos, justificando que a Presidente Vargas era "área de segurança do desfile".
Apesar de terem marcado o início do protesto para as 7h, os primeiros manifestantes começaram a se reunir na esquina das avenidas Passos e Presidente Vargas, meia hora depois da hora agendada. Às 8h30, cerca de 100 manifestantes estavam no local.
Os manifestantes gritam "deixa passar a revolta popular" e carregam bandeiras pretas, do Black Bloc, da Palestina e de movimentos sociais.
Cinco viaturas do BPChoque (Batalhão de Polícia de Choque) e dezenas de policiais estão posicionada no meio da avenida Presidente Vargas.
No último dia 3, a Justiça do Rio de Janeiro autorizou a condução a delegacias de pessoas que estiverem mascaradas em manifestações, mesmo que não tenham sido flagradas cometido crimes.
Os atos estão programados em dois pontos do centro da cidade, antes e depois do desfile da Independência. Na avenida Presidente Vargas, na altura da esquina com a avenida Passos, adeptos dos grupos Black Bloc e Anonymous farão uma passeata contra o governo do Estado e contra as prisões dos administradores da página "Black Bloc RJ" no Facebook. A Presidente Vargas também será palco do Grito dos Excluídos.
Manifestantes também se organizam via redes sociais para um protesto marcado para a praça da Cinelândia, onde está situada a Câmara Municipal e o Theatro Municipal. O evento faz parte da "Operação 7 de Setembro", convocada pelo Anonymous.
Na quinta-feira (5), a Polícia Militar informou que, em função dos protestos, a maior parte do efetivo não participará do Desfile da Independência.
Manifestações agendadas
Pela primeira vez as celebrações do Sete de Setembro, dia da Independência do Brasil, deverão ser acompanhadas de protestos em ao menos 149 cidades do país, inclusive em todas as capitais. As manifestações estão sendo convocadas pelo grupo Anonymous nas redes sociais desde que eclodiu uma onda de protestos pelo país, entre junho e julho.
Mais de 400 mil pessoas confirmam participação no evento, que reúne links com os protestos convocados nas 149 cidades.
A segurança foi reforçada nos desfiles em Brasília --em que a presidente Dilma Rousseff participa--, São Paulo e no Rio de Janeiro, entre outras capitais. Manifestantes mascarados estão proibidos de participar dos protestos na capital federal, em Minas Gerais e em Pernambuco.
A pauta de reivindicações divulgada pelo Anonymous inclui seis itens: prisão de condenados no mensalão; aprovação do projeto de lei 7368/2006, conhecido como Lei de Combate à Corrupção; redução do número de deputados; reforma tributária; fim do voto obrigatório; e aprovação do novo Plano Nacional de Educação (PNE).
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