Uberlândia (MG) tem melhor saneamento de 100 maiores cidades brasileiras; Ananindeua (PA), o pior
A cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, lidera o ranking dos cem maiores municípios brasileiros com as melhores condições de saneamento básico, após avançar mais de oito posições em apenas um ano e desbancar Santos, litoral de São Paulo, que caiu da primeira posição para a oitava. Nos segundo e terceiro lugares aparecem, respectivamente, Jundiaí (SP) e Maringá (PR). A última da lista é Ananindeua (PA).
Os dados são de um levantamento divulgado nesta terça-feira (1º) pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a consultoria especializada em saneamento básico GO Associados. O estudo, feito pela entidade desde 2007, se baseia em dados de 2011 do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico), publicado pelo Ministério das Cidades.
A maioria das dez cidades que lideram o ranking com serviços de melhor qualidade e maior abrangência estão nas regiões Sudeste e Sul, embora o Sul seja representado apenas por Maringá e Curitiba, que aparece na 10ª posição. Os maiores destaques estão com as cidades do interior paulista, que ocupam seis dos dez primeiros lugares: Jundiaí (2º), Limeira (4º), Sorocaba (5º), Franca (6º), São José dos Campos (7º) e Ribeirão Preto (9º).
Já os dez piores municípios são dominados pelas regiões Norte e Nordeste. Ainda assim, a lista contempla duas cidades do Centro-Oeste (Várzea Grande, no Mato Grosso, e Aparecida de Goiânia, em Goiás), e outra do Sudeste (Duque de Caxias, no Rio de Janeiro). Além de Ananindeua, o Estado do Pará aparece na lista dos piores com outros dois representantes: Santarém (99º) e Belém (96º).
A cidade do Nordeste mais bem colocada no ranking é Salvador (BA), que aparece na 34ª posição. No Norte, o município que se destaca é Boa Vista (RR), que ocupa o 65º lugar.
Critérios
Entre os critérios analisados, estão indicadores como atendimento total de água, investimentos feitos no ano, receita do município, quantidade de novas ligações de água, ligações faltantes para a universalização e perda de água –aqui considerados desperdício, roubo, ligações irregulares e vazamentos.
"Uma média de 40% de perda apenas nessas cem maiores cidades explica um pouco por que os avanços em tantos municípios ainda são tão lentos. Temos 14 cidades com 60% ou mais de perda de água [entre as piores, segundo o estudo, as capitais Boa Vista, Recife, São Luís, Rio Branco, Porto Velho e Macapá] e temos uma ilha de excelência entre os primeiros colocados, tais como Limeira e Santos", citou o presidente-executivo do instituto Trata Brasil, Édison Carlos.
De acordo com ele, o panorama retratado pelo ranking sugere que a universalização do saneamento básico "caminha para existir em 40, não em 20 anos", como pretende o governo federal.
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